Há dias difíceis e depois há os dias muito difíceis, insuportáveis, mesmo. Ontem foi um deles.
Deixei-me levar pela raiva e pelo ódio do momento. Disse o que não queria, em troca deram-me o que não suportei e desatinei por completo. Não me revejo na pessoa em que me transformei, não sou assim e não gosto de o ser nem que por breves instantes. Dizem-me que sou racional e ontem vi a minha irracionalidade transformada em palavras que não consegui controlar. Acordei desse estado tarde demais. Pedi desculpas, mas o mal estava feito e, infelizmente, há males que não se apagam, são como chavenas de asa partida, até as podemos tentar colar, a marca ficará para sempre e provavelmente com uma utilização menos cuidadosa, ficamos com a asa na mão e a chávena irá estatelar-se no meio do chão com tudo o que tiver dentro, depois só resta tentar limpar, da chávena apenas sobrarão os cacos.
Olhando para o dia de ontem, arrependo-me e envergonho-me. As palavras que disse e que me foram retribuídas tiveram em mim o mesmo efeito doloroso que tem a morte de alguém querido. Não é exagero. Ontem matei! Hoje choro a perda. Sinto-me infeliz, sinto-me triste e até perdida no meio deste furacão que eu própria criei. Não há muitas coisas que tenha feito na vida que me causem arrependimentos, do dia de ontem, vou-me arrepender durante muito tempo.
Não espero dias fáceis, os que se seguem, abri feridas que sangram e doem e a cicatrização preve-se longa e dolorosa.
Agarro-me às palavras de quem me dá colo e me diz que melhores dias virão, agora só me posso agarrar aos melhores dias que virão e esperar que a dor passe. Até lá, olharei para o nascer de cada dia com esperança renovada.
Deixei-me levar pela raiva e pelo ódio do momento. Disse o que não queria, em troca deram-me o que não suportei e desatinei por completo. Não me revejo na pessoa em que me transformei, não sou assim e não gosto de o ser nem que por breves instantes. Dizem-me que sou racional e ontem vi a minha irracionalidade transformada em palavras que não consegui controlar. Acordei desse estado tarde demais. Pedi desculpas, mas o mal estava feito e, infelizmente, há males que não se apagam, são como chavenas de asa partida, até as podemos tentar colar, a marca ficará para sempre e provavelmente com uma utilização menos cuidadosa, ficamos com a asa na mão e a chávena irá estatelar-se no meio do chão com tudo o que tiver dentro, depois só resta tentar limpar, da chávena apenas sobrarão os cacos.
Olhando para o dia de ontem, arrependo-me e envergonho-me. As palavras que disse e que me foram retribuídas tiveram em mim o mesmo efeito doloroso que tem a morte de alguém querido. Não é exagero. Ontem matei! Hoje choro a perda. Sinto-me infeliz, sinto-me triste e até perdida no meio deste furacão que eu própria criei. Não há muitas coisas que tenha feito na vida que me causem arrependimentos, do dia de ontem, vou-me arrepender durante muito tempo.
Não espero dias fáceis, os que se seguem, abri feridas que sangram e doem e a cicatrização preve-se longa e dolorosa.
Agarro-me às palavras de quem me dá colo e me diz que melhores dias virão, agora só me posso agarrar aos melhores dias que virão e esperar que a dor passe. Até lá, olharei para o nascer de cada dia com esperança renovada.