29.4.09

"Cuidado com o que pedes"

Tenho como máxima que quando quero muito uma coisa, consigo. Claro que houve coisas que não consegui, sonhos que ficaram por realizar, metas por atingir, coisas por fazer, mas também fiquei sempre com a sensação que se me tivesse esforçado mais, se me tivesse atirado para a frente de batalha com convicção, se tivesse feito algumas coisas de outra forma, se não me tivesse encostado, se não me tivesse rendido, quem sabe se não conseguiria.
Seja como fôr, acredito que quando quero muito algo, acontece. Umas vezes quase que por magia, estava no sítio certo na hora certa, outras com mais ou menos esforço [ok, geralmente, quando não acontece por magia, obriga-me a muito esforço].
Não é mau, eu sei, mas isto obriga a uma mentalização tramada. Não posso ser generalista, tenho de ser muito precisa no que peço, não vá a magia acontecer e eu ser obrigada a dizer que não, quando o que me apetece é dizer sim, apesar de não ser bem aquele o meu desejo.

24.4.09

Fechado mas premiado

a mf de O pequeno ouriço, resolveu premiar o fios. Hoje fui levantar o prémio:


Dizem as regras o seguinte:

1º - Reencaminhar este prémio a 10 blogues
2º - Exibir a imagem do prémio
3º - Postar o link do blog que premiou
4º - Avisar os premiados
5º - Publicar as regras

Agora começam os dramas, ter de escolher 10 blogs...[hummmm.... ] se só 'prai 30 pessoas lêem o fios... nem todas têem blog... e só faz sentido premiar os que me lêem porque senão não vão saber que foram premiados... [isto não está fácil] mais... uma das coisas boas destes prémios é que alguém que viesse aqui "cheirar" seguia o link dos premiados... ora se ninguém pode vir cheirar porque o portão está fechado e só entra quem tem chave... [mf, meteste-me numa embrulhada, foi o que foi...]

Bem, cá vai, que regras são regras:
[e sem ordem de preferência]

Dias de uma princesa
Alter-o-Ego
Caixa de costura
100Nada
Diz-Fruta
Aliciante
Juro que tenho mais que fazer
Atendedor de chamadas
Quero mimos
10º Um amor atrevido [a Sofia não vai saber que foi premiada, mas eu tinha de eleger o Amor]

Regras cumpridas e agora vou ali à varanda gritar que me apetece ter um blog público, sim?]

23.4.09

programar

Fim de semana à vista, mas o tempo parece que vai estar uma treta. Na ausência de infantes que vão estar no reino paterno e de bom tempo para ir fazer fotossíntese para a praia ando a congeminar um fim de semana cheio daqueles mimos para os quais nunca há tempo.
[Nunca mais é sábado]

Eu queria

ter mais tempo e escrever os posts que estão na minha cabeça e que nem consigo por num papel porque não tenho tempo. Os dias passam-se entre folhas de excell e alinhamentos, telefones e mails para despachar. As minhas noites têm sido ocupadas entre crianças e tarefas [arghh] domésticas. Ontem, atacada pela rinite alérgica, dei-me ao luxo de me deitar cedo, quando já estava na cama lembrei-me que nem tinha jantado [esqueci-me de jantar... ].

E apetecia-me contar aqui o quanto gostei de almoçar com a Mãe em vésperas dela voltar para a vidinha na ilha.
Apetecia-me deixar aqui registado como me senti na terça feira quando deixei os meus filhos em casa de amigos-família, como fui descansada tratar do que tinha a tratar e que nem por um segundinho que fosse me preocupei. E o carinho que foi ser recebida com um prato de jantar já fora de horas. E os meus filhos felizes de ali estarem. E eu que me sinto tão em casa, tão em família, tão feliz e honrada de ter amigos assim.

E tudo isto merecia muito mais do que um post escrito à pressa enquanto a folha do excell carrega, mas tinha de o dizer porque não me canso de apregoar que o melhor da minha vida são os meu infantes e os amigos.

É a mais pura das verdades e tem de ser dita.

21.4.09

férias


[fotos da praxe]

As últimas semanas

Foram fartas em sentimentos. Uns bons, outros que eu dispensava de boa vontade.
Comecei por suspender o Fios porque o que tinha para escrever não me apetecia deixar para a posteridade. Tenho uma relação estranha com o Fios. Gosto de escrever o que me vai na alma, mas não gosto de o "conspurcar". Não gosto de escrever sobre sentimentos verdadeiramente negativos, não por querer esconder alguma parte de mim, mas porque quando volto atrás no tempo não gosto de ver nódoas que já não saem, ao escrever de certa forma torno o momento imortal e nem sempre isso é bom.
Depois acendeu-se uma luz no fundo do túnel e reabri o blog. Para meu espanto um dia recebi um comentário que me deixou em estado de alerta, ao investigar o sitemeter percebi que o meu receio era real.
Esta descoberta aconteceu numa semana há muito esperada por outras razões, uma semana que se queria tranquila, em paz, para que a conseguisse viver intensamente como havia sonhado. Em vez disso foi uma semana diferente, ainda que muito boa, teve sempre umas nuvens negras. Confesso que algumas dessas nuvens me fizeram sentir um enorme pânico interno, felizmente sentimentos mais fortes e nobres vingaram e venceram. Em relação ao Fios vi-me obrigada a contratar um porteiro e reservar o direito de admissão, mas era isso ou fechar de vez e pareceu-me mais sensato a primeira opção pois não gosto de me castigar por acções ou intenções de outrem.
E voltei, não a todo o gás, porque os dias têm sido cheios de coisas [infelizmente nem todas boas] e também, confesso que para mim, ter o Fios "fechado" é esquisito, mas acredito que será apenas uma questão de hábito e que esta nuvem também irá desaparecer.
Aos leitores que voltaram, agradeço, pois apesar de escrever sem intenção de ser lida mas de expurgar o que por vezes sinto ou o que me passa pela cabeça, obviamente que gosto de ser lida e é muito lisonjeador saber que as pessoas cá vêm porque gostam de mim, da pessoa que mostro ser através dos caracteres ou apenas por causa das histórias que vou contando.
Agradeço, também, todos os mails simpáticos que recebi como resposta ao meu email "O Porquê", ao ler linhas tão simples, mais certezas tive de que não podia deixar o Fios morrer.

Obrigada

19.4.09

Amanhã escrevo sobre coisas boas, hoje ainda estou a engolir esta



depois de um jantar fantástico [do melhor, mesmo] ter a PSP a tocar-me à porta às 2h30 da manhã a informar-me que o meu carro foi abalroado, não é bonito.

18.4.09

para variar

está tudo preparado. Mais um pouco e a casa vai-se encher de quem me enche a alma.

lá está tudo escamartilhado...

durante o fim de semana tenho de por ordem nestes fios todos, vai 'pra qui uma confusão que não se aguenta.
[Isto promete]

5.4.09

hormonas descontroladas ou despertador biológico prestes a tocar

Sempre sonhei que um dia seria mãe. Mais do que um desejo, era um objectivo de vida. Fui. Sou. Os dois infantes que dormem nas suas camas atestam-no. Consegui.
Depois do T. nascer, o nascimento do A. além de um desejo era quase uma obrigação. Fui filha única durante dezassete anos e destestei. Senti-me mãe "incompleta" de tanto querer ter mais do que um filho, para que ele nunca sentisse o que eu havia sentido. Fisicamente contrariada mas psicologicamente muito motivada, não descansei enquanto o A. não nasceu. O meu problema é que, infelizmente e, ao contrário de muitas mulheres que conheço, eu odeio estar grávida. Não gosto. Nove meses de suplício. Bhlarc. Passo. Mas lá fiz o sacrifício em benefício de tudo o quanto acreditava e engravidei do A. Depois dele nascer senti que estava feito o meu papel de parideira e resolvi internamente que a loja iria fechar, aliás, já estava fechada. Passar por aquilo tudo outra vez estava fora de questão. Os meus filhos têm quatro anos e quinze dias de diferença e, eu não sei se é o meu despertador biológico que está prestes a dizer-me: "- psiuuu... está na hora de mais um" e aí lá viria outro com quatro anos de diferença se são as minhas hormonas que andam completamente descontroladas. A verdade é que algo se passa. Ontem era a conversa sobre recém-nascidos que me deixou a salivar, na noite anterior sonhei que estava numa cama de hospital e tinha um recém-nascido ao meu lado, hoje foi a conversa de mães que me fez reviver aqueles primeiros momentos depois dos meus filhos nascerem e agora estou para aqui feita parva a ver uma série de vantagens em passar por tudo outra vez. E nem quando me tento relembrar do acordar de três em três horas, das fraldas que parecem passadores porque a criança passa a vida molhada, o esterlizador sempre em funcionamento, a cabeça que não se segura, o estupor do ovo que pesa toneladas e mesmo que pense na confusão que seria mais um bebé, fico assim, com um sorriso parvo a pender nos lábios.
Só espero que isto me passe rapidamente, senão um dia destes ainda me apanho a fazer festinhas na barriga.

dias cheios

São os nossos, cheios de pouca coisa para fazer mas que nos enchem a alma. E fazemos uma viagem daqui até ao Algarve só para estarmos com amigos, pelo caminho raptamos quem precisa desesperadamente de ser raptado [ou terá sido um resgate?]. Passa-se a tarde entre kilometros de auto-estrada e esplanada em amena cavaqueira [não vou falar do barco]. Crianças que brincam e andam "à solta" enquanto os pais apanham sol.
Final de tarde, dividido entre outros tantos kilometros de regresso e mais amigos com quem estar. Porque os aniversários não se deixam em branco e, porque era semana de jantar e, apesar do cansaço eu e a prole nos aguentámos estoicamente até quase às 2 da matina.
E eu não me canso de dizer, mas gosto mesmo dos nossos dias assim, cheios de quem nos quer bem.

3.4.09

[mais um post lamechas, mas destes nunca são demais]

As melhores amigas do mundo.
Telefonam-nos a toda a hora, só para saber como estamos [mesmo que saibam a resposta], estão lá, do outro lado da ondinha que lhes transporta a voz pela rede do telemóvel e falam sério quando têm de o fazer, e lançam uma laracha só para nos arrancar um mísero sorriso.
Falam sobre nós nas nossas costas com outras amigas [mesmo que não se conheçam], só porque estão preocupadas, porque gostam de nós, precisam de partilhar pontos de vista para terem a certeza do quanto estão certas e de concertar estratégias de acção.
Lêem-nos os estado da alma, pelo tom de voz, pelo olhar, pelas palavras e, acertam sempre.
E podem estar em Cabo Verde de férias ou a viver em Londres, mas lembram-se de nos perguntar como estamos, de mandar um beijo ou a dizerem-nos para gostarmos de nós.
Podem trabalhar ao nosso lado e quando nos lançam um olhar de esguelha e percebem que algo se passa convidam-nos para um cigarro mesmo que fiquemos em silêncio, estão ali, ao nosso lado.
E quem diz amigas diz amigos. Que nos oferecem um porto seguro quando nos sentem a naufragar. Que nos dão os dois ombros se for preciso, apesar deles próprios também precisarem que lhes façam o mesmo.
E todas elas e eles têm formas diferentes de serem meus amigos, mas são-no, eu sei, sinto-o, sinto-os, a todos, aqui ao meu lado.


[Porque as amizades sinceras não se agradecem, eu tudo farei para retribuir, todos os dias]

Pretéritos imperfeitos

"Nenhuma história de amor deveria ficar por viver. Nenhum sentimento deveria ficar por sentir, dizer e mostrar. Nenhuma vontade de sexo deveria resumir-se a sonhos húmidos, nenhum beijo deveria transformar-se num cerrar de dentes e nenhum "gosto-te" deveria ficar na garganta. (...)
Nenhuma história de amor deveria ficar por viver, nenhum beijo deveria ficar por dar, nada do que se quer dar deveria ficar em nós, porque embeleza o outro e torna-nos demasiados cheios de nada que nos sirva."

Sinais de mudança [ou a esperança é verde]

Para quem nunca ganhou nada, isto só pode ser bom auguro.

Mail enviado pelo SCP:

"Primeiro que tudo, gostariamos de agradecer a sua participação no 1º Questionário Online Sporting sob o tema 'Sócios e Vantagens'.

Face a essa participação, GANHOU DOIS BILHETES para o próximo jogo em Alvalade (dia 11 de Abril, pelas 18 horas com a Naval 1º Maio).

(...)
Saudações Leoninas,

A Direcção de Serviço ao Sócio"

[ok, o jogo não é grande espingarda, mas a cavalo dado não se olha o dente]

2.4.09

verdades absolutas II

"-Já devias saber que nas alturas más só podes contar contigo mesma."

Foi-me dito assim, a seco, sem compaixão por alguém que conhece grande parte da minha vida, alguém que já fez parte do meu "núcleo duro" mas que também já me espetou umas facadas.
E é tão triste ser obrigada a dar razão a alguém que já nos deitou ao chão. Triste.

1.4.09

Foda-se

Há facadas que só as levamos porque deixamos.

Shopping

O raide que fiz por um centro comercial hoje à hora de almoço permitiu-me concluir:
- Finalmente o azul marinho está na moda [e eu que gosto tanto de azul marinho...]
- O tamanho 40 de sapatos cada vez está mais pequeno ou o meu pé cresceu [juntamente com os sapatos que tenho]
- Quando eu precisava de roupa tamanho L só encontrava o S, agora que preciso do S, só encontro M e L.
- Tivesse eu dinheiro e houvesse tamanho de sandálias adequado ao tamanho do meu pé e eu contribuiria em muito para o crescimento da economia.
- Estou farta de roupa de Inverno.