Caixa dos fios

30.9.10

porque a blogoesfera não é só cor-de-rosinha e estamos em crise

o blogue que faltava: Anti crise Portugal

o que eu tenho de aturar

Pergunta idiota
Resposta explicativa [a chamar burra por entre linhas]
- Ah.. é que já não consigo pensar...
-Ah é? E eu tenho de conseguir pensar por mim e por ti! No dia em que eu não conseguir pensar tu não trabalhas, porreiro!


kompensan

falar de certas pessoas deixa-me profundamente mal disposta.

há 3 tipos de pessoas

1. As que fecham a porta sem olhar para trás
2. As que só seguram na porta se quem vier atrás estiver uma distância que lhe permita ver que deixaram a porta aberta.
3. Os que deixam a porta aberta independentemente se quem vier atrás o puder ver.

29.9.10

F5

Nunca fiz tantos refresh como desde que conheci o blog da Mulher Certa.

então não

o meu filho mais novo diz que não quer um irmão porque enquanto estiver grávida eu não posso andar com ele ao colo.

28.9.10

frases

As pessoas autênticas não têm de se esforçar para serem quem são. É natural.

27.9.10

2+2+1=5

Esta conta não me saí da cabeça.


está tudo parvo, é o que é

Uns ou umas [ou ambos, sabe-se lá] entretêm-se a dar cabo de páginas do FB de uns. Dão-se ao trabalho de fazer denúncias sem fundamento e lá aparece um ou uma desgraçada que fica sem a dita página. Para quê? Com que propósito? Em que é que a eliminação de uma página no FB contribui para a felicidade de alguém?

Mais uns ou umas [ou ambos, sabe-se lá, embora a mim me cheire a mulher ressabiada] entretêm-se a postar comentários perfeitamente infantis em blogs alheios. A velha conversinhado do nhãnhãnhã que és isto ou aquilo. Puro comportamento parvo que todos tivemos de aturar [alguns fizeram-no e pelos vistos ainda o fazem porque não cresceram] quando tínhamos 6 anos. Até consigo imaginar a conversa de café com as amiguinhas iguais a ela a fazerem comentários e a dar risadinhas parvas como faziam aos 6 anos no recreio da escola. Para quê? Para que quem publica feche o blog? Será que são tão estúpidos é tão estúpida [continuo a achar que é coisa de mulher mal resolvida porque os homens não se dão a tanto trabalho para nada] que quem escreve vai a correr ao espelho ver se é verdade? E, mais uma vez, que felicidade é que traz a alguém? Qual a mais valia?

Outros resolvem que hão-de levar a água ao seu moinho custe o que custar. Fazem finca pé. "Há-de ser como eu quero e mais nada que quem manda aqui sou eu e não me interessa que a minha vida fique toda empancada, há-se ser quando e como eu quiser. Ah querem-me dar o que eu pedi? Pois agora não quero, quero é foder-te os cornos até à exaustão ou até quando eu quiser." Até lá, até ao "quando eu quiser" alterna a figura de cabra da pior espécie com a figurinha de ovelhinha abandonada no monte pelo pastor, tadita. E eu pergunto outra vez. Para quê? Com que propósito? Ah, pois, estava distraída, é só mesmo para foder os cornos.

A verdade é que anda por aí muita gente sem preocupações de maior, a vida corre-lhes bem, o dinheirinho não lhes custa a ganhar, o patrão não os chateia, não há preocupações com filhos/mães/pais/avós/tios/tias/sobrinhos/maridos/namorados/amantes/and soo on/and soo on, por isso entretêm-se em tentar chatear os outros.

Isso, ou então é tudo exactamente ao contrário e andam para aí a debitar as suas próprias frustrações até verem toda a gente à sua volta pior do que eles.

Seja como fôr e para bem desta gente espero que seja a segunda hipótese, porque se fõr a primeira, minha gente, eu não queria estar na vossa pele... o que ainda está para vos acontecer, não é bonito.

da falta de vergonha e das artimanhas de algumas pessoas

Eu que sempre acreditei que as novelas se baseiam em casos reais e não são os casos reais que se baseiam na ficção [pelo menos na sua grande maioria] ainda fico completamente atordoada (?) com o desplante que certos seres têm de utilizar todas as armas que possuem para manipular quem lhes passe pela frente aproveitando para denegrir, sujar e tentar arrasar os seus ódios de estimação. Há de facto muitas alminhas com mentes mais sujas que pau de galinheiro e, lamento tanto, que não utilizem a sua tão grande criatividade para serem alguém na vida, pelo menos na delas próprias. Falhar com todas as letras e não ter a humildade de admitir que se falhou, corrigir nas acções presentes e futuras, em vez de continuarem a atirar pedras e a disparar em todos os sentidos como loucas descontroladas [o descontrolo é evidente que neste caso não é uma coincidência] além de errado é no mínimo estúpido. Ninguém tem tão pouco amor próprio [achava eu] para se sujeitar a tremenda figura, porque no final do desfile de Carnaval por muito que tente, nunca, mas nunca vai conseguir limpar as manchas da maquilhagem merdosa que usou.
E eu, aqui a assistir na primeira fila uso as mesmas palavras que a M. usou numa situação completamente diferente mas que encaixa na perfeição, mudo-lhe apenas o tempo verbal:"Qualquer incómodo causado é seria desculpável, eu sei o que ela sente e é horrível ser-se rejeitado."

até a mim me surpreende

mas a verdade é que ando mesmo zen e coisas que me chateavam deixaram de o fazer. Não valem a pena. Afinal, para quê? No final do dia quem manda não sou eu [e também não queria, deusmalivre!] por isso lá vou continuando a marcar bem a minha posição. Perguntaram? Aí está a resposta. Aí não gostam? Azar! Quem pergunta o que não deve ouve o que não quer. Eu por mim fico aqui caladinha no meu canto. Não perguntem, mandem que eu executo.

26.9.10

fim de semana bom

No meio de amigos. A festa de aniversário deles, dos miúdos, dos meus e de mais dois amigos filhos de amigos do melhor que há, todos numa festa só. Uma quinta cheia de crianças felizes a brincarem e a lambuzarem-se no meio dos doces. Pais felizes [alguns cansados] e descontraídos. Saudades que se matam de quem já não via há algum tempo, porque as festas também são para os crescidos.

25.9.10

feliz sou eu

a grande vantagem de ter pouco [materialmente falando] é que os abutres ignoram-me por completo.

23.9.10

dias fantasma

Há dias em que devia ficar na cama, abobrar todo o dia. Esquecer-me que existem pessoas lá fora e, que essas mesmas pessoas se esquecessem de mim dentro de casa. O telemóvel podia ter um fanico, a cabo deixar de funcionar, os carros lá fora não apitavam, nem se ouviam a rodar sobre o alcatrão. As portas do prédio não se abririam e até os pássaros se manteriam mudos e quedos. A vida lá fora parava e era apenas silêncio e cá dentro os ponteiros do relógio só mexeriam quando este estado de espírito passasse.
A verdade é estúpida. Não me aconteceu nada, nada que não aconteça todos os dias, mas nem as boas notícias do dia me animaram.
Foi um dia sem pachorra, sem forças, sem vontade. Está quase a acabar [felizmente] e amanhã é outro dia.
Há dias que deviam ser como os comboios, que apesar de termos chegado à estação a tempo, optamos por deixar partir, perdendo-os propositadamente, porque não vale a pena a viagem.
Hoje devia ter ficado a dormir à espera que o dia passasse até chegar a hora de apanhar outro.

com séries tão boas por aí...

há dias em que me sinto personagem de uma sitcom, daquelas que têm gargalhadas como som de fundo.

[A minha amiga Margarida diz que as gargalhadas são de pessoas que já estão mortas, deve ser por isso que tudo me parece tão...creepy?]

22.9.10

take them to Burges


A Maria e o gato têm um sonho e os sonhos devem-se realizar.

Tenho um "fraquinho" por pessoas determinadas, que não têm medo de sonhar, que arriscam [também gosto de gatos]. Pessoas determinadas em alcançar os seus objectivos, que, sem medo, batem às portas, fazem barulho e, sobretudo, são honestas a pedir ajuda. Numa era em que é mais fácil acomodarmos-nos, a Maria usa todos os meios ao seu dispor para bater ao maior número de portas, acreditando que vai conseguir [eu sei que vai].
Não se trata de piedade, nem misericórdia, é a garra de uma mulher que tem um sonho e um dia decidiu que o ia realizar. Se a Maria tem um sonho e está disposta a lutar por ele, para mim, é quanto basta.

Espreitem o sonho, acompanhem os leilões, licitem, divulguem e já agora, façam como eu e vejam o que têm aí à mão que só já serve para encher as prateleiras e falem com a Maria, ela limpa-vos as prateleiras num ápice.


easy way

Era tudo tão mais fácil se na vida existisse um filtro para o spam. Poupava tempo e poupava-nos a termos de nos cruzar com lixo. Argh!

words don't come easy

Sempre que leio o blog A Mulher Certa fico com vontade de ter um blog telegráfico e o mais irónico, além de ter a certeza que escreveria muito mais do que escrevo é que diria muito mais do que digo.

a vida pode ter a cor dos nossos sonhos VIII

20.9.10

indignada [ou a falta de vergonha na cara de algumas pessoas]

Esta mania que algumas pessoas têm de fazerem tudo como querem e quando querem não lhes dá o direito de desaparecerem para depois aparecerem novamente como se nada [ou quase nada] se tivesse passado.
Desapareçam , eclipsem-se, mas de vez porque o facto de ainda respirarem não lhes dá o direito de continuarem a viver na vida dos outros.

è tornato, ma con la certezza che torno in Italia

Milano
Padova

Verona
Venezia
Toscania
Firenze
San Gimignano
Siena
Roma
Vaticano

uma das decisões mais acertadas que tive na vida?

Casar com separação de bens!

calendário

Está na altura de pensar em deixar de fumar.

11.9.10

out of office


Sim, estamos oficialmente de férias e o Fios vai estar sossegadinho.

Torno presto.

8.9.10

a blogoesfera de antes

[isto pode parecer um anuncio de hipermercado, mas não é].
Eu sou do tempo em que a blogoesfera tinha outro encanto [ahhh, eu sei que antes de eu me meter nestas andanças já haviam dinossauros e tubarões e que sou uma criança ao pé de muita gente que ainda aí anda], antes de aparecem Facebooks e Twitters que vulgarizaram a passagem de opiniões, desabafos, partilhas de músicas e fotografias havia uma blogoesfera muito mais actualizada. Bloggers que se sentavam à frente de uma caixinha de redacção e escreviam o que lhes ia na alma para quem quisesse ler. Já o disse aqui por diversas vezes, conheci pessoas antes mesmo de as conhecer. Li blogs de fio a pavio, segui babyblogs onde me ri com as tiradas dos miúdos, comovi-me com outros, ri-me com muitos mais. Antes de existirem farmvilles e mafias wars, os que lá estão neste momento a jogar, a pôr a conversa em dia, a comentar, sentavam-se à frente desta caixinha onde escrevo e actualizavam os seus blogues, do outro lado do monitor alguém os lia, seguia e comentava. Mantenho a minha rotina, escrevo quando me dá na real gana [nem sempre O que me dá na mesma] e leio regularmente os que sempre li e se mantêm, outros que por intermédio de um comentário ou de um link me vão aparecendo e me suscitam curiosidade. Com tristeza tenho vindo a assistir à morte de muitos por abandono, estão lá, ninguém os fechou ou disse adeus ou escreveram FIM, mas acho que já nem respiram, pelo menos não mexem nem pestanejam.
Tenho muitas saudades do tempo em que a blogoesfera era quase uma aldeia, em que os comentadores se repetiam em vários dos blogues que ia lendo. Muitas das pessoas que lia e que ainda mantêm os seus blogs com respiração assistida eu conheço-as pessoalmente, não são apenas contactos virtuais, não preciso do blogue para saber se estão bem, se o filho passou o ano ou se nasceu um dente, basta-me pegar no telemóvel que está sempre à mão e é mais rápido, mas lê-los tinha outro sabor. Gosto da palavra escrita, tem outro sentimento, também é verdade que não tem tom, posso interpretar de forma errada o que lá está, mas aí também reside a magia de ler. E uma pessoa chegava ao blog e cuspia as entranhas dos sapos que era obrigada a engolir e apareciam logo não sei quantos comentários com saquinhos de plástico para amparar o vómito. Também tenho saudades das trocas de comentários, a sério ou a brincar, dançar nas caixinhas nem sempre é fácil, mas quando se encontram "parceiros" à altura torna-se emocionante, pouco se compara à espera de uma resposta numa "discussão" nas caixas de comentários. Mas tudo isto era antes, antes de vocês estarem todos a jogar farmville e a trocarem piropos no FB ou no Twitter, agora enquanto escrevo, olho para a barrinha à direita e poucos são os que são actualizados regularmente. De repente ninguém quer escrever, poucos são os que se dão ao trabalho de comentar, os Dinossauros estão quase todos a dormir [leia-se facebookar e twittar] e o tubarão parece-me que é o único que ainda se vai mexendo neste mar cada vez mais voltado para o cor de rosinha, é pena porque eu gostava da blogoesfera jurássica.

ainda da blogoesfera

Trocámos a silly season pela reality season.
[Pamordeus]

da blogoesfera

se o tema da actualidade da blogoesfera [posts na sala de parto] causa o sururu que causou ontem e origina as visitas que originou ao dito blog, nem imagino as visitas que provocaria um blog com todos os pormenores sórdidos de um divórcio.

podia ter sido eu a escrever isto

‘Há umas putas e uns cabrões que não fazem nada e tudo lhes cai no prato da sopa. Comigo tudo foi sangue, suor e lágrimas. Mas quantas pessoas adoravam ter a vida que eu tive?’

Guida Maria

[Só acrescentava: "e terem os amigos que tenho."]

7.9.10

pôr o carro à frente dos bois


é andar já aqui a fazer planos e esquemas mentais do que quero e não quero, do que preciso e do que dispenso, das exigências mínimas e de tudo o que fôr bónus. Basicamente tratar da decoração da casa antes mesmo de saber como ela é. Sou muito boa nessa parte e adoro cada detalhe do processo. Transformar o feio, o degradado, o desactualizado em algo confortável, acolhedor, num lar prático e bonito onde é um gosto chegar a casa. Planear cada canto da casa, escolher os materiais, as tintas, as cores, os pormenores todos, da tomada ao interruptor [até os dedos dos pés batem palminhas].
E a próxima? A próxima vai ser ainda melhor do que a actual. Óbvio.

ciclos

Ora cá vamos nós outra vez. Um ano depois da última mudança, antes de fazer um ano do fim das obras e lá vamos nós outra vez para a saga das casas. Vender casa, procurar casa, fazer obras, mudar de casa [estas duas espero bem que sejam por esta ordem], arrumar casa, novos cheiros, novos ritmos, novos sons. A vida não pára e se o caminho não é em frente é para a direita e se não é, é para a esquerda, para trás é que não se vai a lado nenhum.

interiores

6.9.10

conversa de irmãos

A. a jogar Wii, T. a ver:

-ohhh... pedi!
-A., ouve uma coisa que a mamã me ensinou: Nunca se desiste!
-Poixé! Nunca se dessiste!

descobertas insignificantes

Eu já aqui tinha referido que em frente à minha janela tenho vários prédios e, que quem lá mora é, assim, a modos que despudorado, o que quer dizer, que se vê de tudo e, tudo é mesmo tudo. O que eu não sabia é que a minha janela está de costas para Meca, fiquei hoje a saber, quando vi duas pessoas do sexo masculino em posição de reza de frente para mim.
Sempre a aprender.

na praia

vi uma mãe, à volta dela pairavam não uma, não duas, não três, não quatro [até quatro é para meninos], mas cinco crianças. Não é coisa que me choque, mesmo nos dias de hoje, o que me chocou é que três eram gémeas e para rematar o choque a senhora estava grávida e pelo tamanho da barriga eu diria que eram mais gémeos. Fiquei ali uns bons minutos com ar de traumatizada a olhar para ela, num misto de horror e admiração e depois lembrei-me que eu devia estar a ter exactamente a mesma expressão que as pessoas sem filhos ou com um ou dois fazem quando olham para nós. Mas, caramba, seis com a possibilidade de serem sete, parece-me um bocadinho a mais. Começo a pensar na logística, no carro, nas cadeiras, no pôr a mesa, no dobrar das meias e cuecas, na quantidade de roupa estendida, nos banhos de enfiada, na guerra para os deitar...uma canseira, obviamente não ponho em causa que tenha muitas vantagens, mas assim de repente [e receber a notícia ao segundo filho, "olhe que são três", é de repente], parece-me uma canseira. Mas lá está, tendo em conta que as gémeas não eram as mais novas e que mais vêem a caminho, muitas vantagens deve haver em ter a casa cheia e isso eu entendo.
[Seis que podem ser sete...porra! 'Ganda mulher!]

e a babar-me só de pensar na comida



em contagem decrescente

4.9.10

a vida pode ter a cor dos nossos sonhos VI

qualquer semelhança com a minha casa não é coincidência

multitask

Não sei porque me queixo da falta de tempo...
Hoje cheguei a casa por volta das 19h30. Enquanto fazia o jantar, bacalhau [receita do M. e que faz um sucesso enorme cá por casa], despejei a máquina da loiça, fiz as camas, arrumei o que andava espalhado, pus a máquina da roupa a trabalhar, dobrei roupa da máquina anterior, limpei os vidros da cozinha e ainda fiz a salada [sim eu sei, a minha vida de doméstica é triste, mas quem não tem dinheiro não tem empregada e estamos em crise e tal...]. Depois do jantar, cozinha arrumada, roupa estendida, café bebido e cigarro fumado, aqueci com uns quantos jogos de bowling a dois na Wii, quando fiquei sem parceiro, treinei mais bowling, quando me cansei do bowling, joguei tenis até me doer o braço. Já tratei da quinta e da animalagem, já passei em revista os meus blogs de leitura, já vi o que se passa no FB, estou a postar e só não faço as compras que ando a adiar no jumbo online, porque estou cansada e doem-me os braços.
É isto.
[nota: é uma da manhã]

3.9.10

sentença III

e depois os meios de comunicação disponibilizam meios e pessoas para darem tempo de antena ao Sr. televisão.
[vergonha!]

sentença II

Poucochinho, é só o que me apraz dizer. Muito poucochinho.

check list


Gosto de sextas-feiras em que se arrumam assuntos pendentes. O fim de semana tem um sabor ainda melhor.

se o Sporting insistisse assim na baliza adversária é que era

Prezado(a) Consócio(a) ANA ....

Segundo os nossos registos a sua última quota paga é de 2009-10. Disponibilizamos de seguida as referências para o Pagamento de Quotas:

[...]


[Voltem a pôr no banco o Sr. Tranquilidade e eu volto a pagar as quotas, tansos...]

amigos-abrigo


Nunca fui pessoa de grupinhos, flutuei sempre nos que existiam à minha volta. Nos tempos de criança, mais no dos rapazes do que no das raparigas. Na altura achava-as um bocado parvinhas e tinham brincadeiras parvinhas, sem sal, ao menos com os rapazes jogava à bola, andava de bicicleta e de carrinhos de esferas, levava e dava canelas e trepavamos a muros para ver o que havia do outro lado, elas limitavam-se a ficar ali num canto com o enxoval todo das bonecas a epiriquitar-se com os colares de pulseiras velhas das mãe, armadas ao pingarelho a fingirem-se muito crescidas e donas do seu nariz, tudo era um aborrecimento para elas, tudo era diversão para eles. A mim, parecia-me óbvia a escolha. Mais tarde, na idade parva, onde contam as aparências, a que tem o namorado mais giro, mais alto, mais atlético, os mamilos mais salientes, elas tornavam-se ainda mais salientes, manientas e com conversas, atitudes e interesses ainda mais salientes e parvas. Os rapazes, apesar da idade parva, também nesta idade eram mais interessantes, jogavam snoker quando não havia aulas, falavam de música, de futebol e de filmes, os que tinham namorada mantinham-se mais à parte, juntando-se ao grupo nos intervalos do namoro. Claro que no seio dos grupos masculinos não era tudo um mar de rosas, também os havia parvinhos, manientos e charrados.
Não tenho amigos que me tenham acompanhado desde sempre. Em todas as fases da minha vida fiz amigos que se mantiveram, uns em mais, outros em menos fases, acabaram por se dissolver como ondas na praia. Nada de grandes dramatismos. Costumo pensar que em termos de amizades a minha vida assemelhou-se muito às amizades daquelas crianças que mudaram muitas vezes de casa e de zona sem nunca assentarem verdadeiramente arraiais num sítio. Pensando bem, é normal, foi isso que aconteceu comigo também.
Já na fase adulta e, a minha começou bem cedo, tive a sorte [e os discernimento] de me "dar" com pessoas com alguma formação, não falo no sentido académico, apesar desse também estar presente, falo no sentido de pessoas com objectivos de vida, uns mais do que outros é certo, mas ainda assim, todos o tinham. O último grupo onde "flutuei" era constituído por pessoas que trabalhavam ou estavam a estudar, hoje, tanto quanto sei têm a sua vida organizada. É deste grupo que guardo a minha amizade mais antiga, já lá vão 17 anos. Pode não ser muito para muito boa gente, afinal há por aí tanta gente que guarda amizades desde as fraldas.
Para mim a antiguidade não é um posto, nem poderia ser, senão estava bem tramada. Conservei as amizades que a vida não se encarregou de separar. Não faz qualquer sentido, para mim, chamar de amigo(a) quem não o é verdadeiramente. Amigos para copos e troca de cusquices é o que pr'ai anda aos pontapés, basta sair umas quantas vezes à noite e fazem-se amigos de copos antes do diabo esfregar um olho, amigos para troca de dedos de conversa fútil? Qualquer um serve. Para mim, amigos, são abrigos. São os que nos fazem um jantar num dia não, que oferecem um café mesmo que tenham de atravessar a cidade e esteja frio e a chover, que nos recebem na sua casa e nos fazem sentir na nossa, que nos fazem atravessar metade do país porque estamos doentes e até nos fazem uma canja com ovinhos e tudo, que passam horas connosco ao telefone a ouvir as queixas de sempre a ladainha do costume, os que ficam calados a enxugar-nos as lágrimas, os que choram connosco, os que riem connosco, os que nos abrem os braços quando sentem que estamos a precisar de um abraço, os que nos oferecem guarida porque há uma avaria e não há luz para tratarmos das crianças, os que telefonam só para saber como estamos e os que telefonam ao menor sinal de alarme para saberem se está tudo bem e, se não estiver, largam tudo para nos dar um abraço e um abrigo.
E se calhar, só por eu ser assim tão exigente, é que hoje, aos 36 anos posso dizer que tenho os melhores amigos do mundo, que são todos tão diferentes entre si e ao mesmo tempo com tantos pontos em comum. Sou uma priveligiada

2.9.10

modas que eu nunca vou entender

[como é que alguém veste uma leggings, vê-se ao espelho e sai à rua, como?]

brindar aos sonhos realizados



[a vida pode ter a cor dos nossos sonhos]

[era só isto]

surf report


O mais recente surfista da área continua armado em galdério e resolveu dormir mais uma noite fora de casa porque amanhã tem a terceira aula de surf. Acasos dos acasos eu, mãe do dito filho desertor, fui a um centro comercial para trocar um jogo que lhe ofereceram pelo aniversário e, qual é o meu espanto que o vejo ali mesmo à minha frente com o amigo e com a mãe [minha amiga] que lhe deu guarida. Após o espanto inicial, até porque na loja estava mais uma pessoa que nós conhecemos e de repente éramos uma multidão a repetir ahs e ohs , lá consegui perceber com a I. que afinal não são coisinhas de mãe babada e que a criança até tem um jeito natural para a coisa e, hoje , na segunda aula até se pôs em cima da prancha e tudo. Escusado será dizer que a baba que escorria, rapidamente secou logo que os meus neurónios processaram e projectaram o meu futuro próximo com uma criança a chagar-me a paciência com pedidos de aulas e de pranchas e fatos e idas à praia com graus negativos. A mim, que ando à dois ou três anos a agoirar que qualquer dia passamos o Natal na praia porque o verão começa cada vez mais tarde e que [felizmente] também acaba cada vez mais tarde, já me estou a ver enrolada em mantas na areia enquanto a criança brinca com as ondas e verão no Natal que era bom só lá para os lados do Brasil.

[Só de pensar em todo o novo vocabulário que pr'ai vem, até fico com dores de cabeça. Hajam mantas e migraspirina com fartura.]

1.9.10

sentença


Confesso que aguardo com alguma curiosidade, mas sem grandes expectativas pela sentença do processo Casa Pia.
Acima de tudo o que tem de deplorável, parece-me lamentável que não exista forma de proteger quer as crianças quer as instituições que lhes dão abrigo e sobretudo um futuro, de pessoas da estirpe que trouxeram a Casa Pia para as primeiras páginas dos jornais e para a abertura dos telejornais. É que a Casa Pia não se limita a albergar crianças que dela necessitam, abre-lhes os horizontes, dá-lhes ferramentas para que consigam construir um futuro. Mais até do que qualquer escola e colégio, dá-lhes uma formação que podem utilizar e não apenas o ensino dito obrigatório, às crianças são dadas opções. E espero que apesar de tudo o que manchou a Casa Pia, não haja aluno com vergonha de se dizer Casapiano e que a sociedade os continue a ver os ex-alunos como profissionais com boa formação, como eram antes de toda esta vergonha ser revelada.


conclusões

Com tanta pesquisa sobre Itália, depois de tanta coisa lida e com o culminar de uma viagem de sonho, estou em condições de dizer que no regresso vou-me dedicar afincadamente a aprender italiano.
Cheira-me que vou lá voltar muitas vezes.

Se tivesse 20 anos mudava-me de armas e bagagens para Itália, afinal aos 20 anos não tinha nada nem ninguém que me prendesse cá.

abiti

Dolce & Gabbana

[nada deve causar tanto sofrimento e desgosto como gostar de alguém que é suposto odiarmos]

doces sonhos


Nada me parece tão doce como o realizar de um sonho partilhado

a vida pode ter a cor dos nossos sonhos VI


[Faltam apenas algumas horas para dar os primeiros passos para a realização de mais um]

tão verdade há um ano como hoje

Consegui.
Finalmente consegui.
Venci.
Perdi batalhas graças ao uso da chantagem, essa arma tão nojenta e tão fácil de ser usada por quem não tem tomates para enfrentar um opositor com dignidade.
Perdi batalhas por me deixarem de mãos e pés atados, porque é tão mais fácil cortar as asas a alguém do que deixar voar.
Ganhei batalhas porque paguei o que me era exigido, porque movia céus e terra se necessário fosse, porque a minha liberdade, essa, assim como eu, não há cheque que pague.
No final, vencem os bons, os que agem com convicção, com força para enfrentar quem aparecer pela frente, os que mesmos que depois de cairem se levantam, os que não se vendem, os que acreditam que a vitória é possível, mas sobretudo os que sonham e que sabem traçar metas e desenhar caminhos para lá chegar.
Vencem os que vão a jogo.
E, hoje, no dia em que celebro uma das minhas maiores vitórias, olho para trás, porque é quando olho para trás que sei do que sou capaz, vejo o que eu passei para aqui chegar.
Cheguei e cheguei de pé.

tunisini

Claudia Cardinale

pêlo na venta


foto: Olhares

Sou dona do meu nariz. Habituei-me muito cedo a fazer por mim. Não sigo directrizes. Peço conselhos e sigo-os se achar que os devo seguir, mesmo que o resultado final seja dar com os cornos numa parede. Já fui acusada muitas vezes de só fazer o que me dá na real gana, que só sigo conselhos se estes forem de acordo com o que eu pretendo, que tenho de ter sempre razão. Sim, eu sei é verdade. E, provavelmente, eu podia ser mais ponderada, podia dar mais ouvidos aos outros, mas a verdade é que até hoje, tirando um ou outro pormenor, dei-me bem ou, pelo menos nunca passei ao lado de um resultado melhor do que o obtido. Gosto de fazer as coisas à minha maneira. Não tenho pachorra para meias medidas. É o tudo ou o nada. Tudo o que quis consegui, com muito esforço, é certo, mas está cá e é meu e a mim o devo. Nunca deixei que me travassem, nem por bem e muito menos por mal. Não tenho feitio para mosca-morta. Para esperar, para pedir. Sou de convicções fortes, certas ou erradas, mas são minhas e, isso ninguém me tira. Gosto de lhe chamar personalidade. Uns têm, outros não.

Roberto Cavalli


stile di guida

Bianca Balti

l'uomo prova

Giancarlo Fisichella

Capri

viaggio per due

exercícios de memória


Tento lembrar-me do nascimento deles, não que me esqueça, mas tento muitas vezes lembrar-me do filme todo. Reviver mentalmente cada minuto, cada acontecimento, cada pormenor, como se fosse ontem. Dos pequenos nadas a tudo de grandioso. O que vi, o que senti, o que pensei. Tenho medo que a memória se vá desvanecendo, que se vão apagando pequenos fragmentos e que em vez de um filme guarde apenas um trailer. É demasiado importante, demasiado bom para ser lembrado numa correria de neurónios. Gosto de me lembrar como se estivesse a ler uma história e muitas vezes abandono todos os meus pensamentos e insisto, mesmo quando a minha mente tenta fugir-me para temas triviais, puxo-a e obrigo-a a fica ali em modo play e repeat até estar satisfeita com todas as imagens.