24.1.11

os signos

"Agora, e mercê destes últimos acontecimentos, por muito paranóide que Escorpião seja, já tem mais do que motivos para acreditar que estão realmente a querer prejudicá-lo.
Sorte sorte continuam a ter os Sagitários, que continuarão a sê-lo sem precisarem de se tornarem Escorpiões… os Balanças escusam de partir a loiça, porque não serão obrigados a trabalhar como se fossem Virgens. Os Leões podem continuar a rugir acerca de si próprios e escusam de trazer a família às costas como se fossem Caranguejos… estes podem continuar a sentir profundamente a intensidade e premência das suas oscilações emocionais e não precisam comunicá-las a toda a gente como se se tivessem tornado Gémeos… Os Touros podem continuar a ser pacientes e como não se tornaram Carneiros escusam de ter pressa… os Carneiros podem continuar a pensar em si próprios como se não existisse mais ninguém no mundo – e como o fariam se se tivessem tornado Peixes?
Os Peixes podem continuar a beber para esquecer – ou à procura de Deus no fundo dos copos de absinto – porque ainda não é desta que se tornam Aquários, que bebem apenas socialmente; e parece que se safaram de se tornar Capricórnios. Continuam livres de ser quem são… por enquanto.
Sacrifício real terão de fazer os Capricórnios, que por momentos ainda pensaram que ficariam Sagitários. Continuarão Capricórnios e é dentro do escritório, e não a explorar a savana africana, que se cumprirão."

saudades das férias e dos dias quentes

23.1.11

à volta das eleições

"... Cavaco vai passar a tarde em família..."
"... Alegre confiante diz ter paciência..."

Num país de cagões com os títulos, a jornalista da SIC, fala dos candidatos à presidência, um deles, para todos os efeitos ainda Presidente da Republica e ambos provavelmente bem mais velhos que ela, apenas pelos apelidos, assim à laia de colegas de escola. Espero que a jornalista não seja daquelas que fica muito ofendida quando não a tratam por doutora, não por ser médica, mas por ser [espero] licenciada em jornalismo.
[respeitinho, é coisa que já não se usa, claramente, é pena.]

21.1.11

6 minutos


tanto segredo, tanta merda. 6 minutos e o enigma está resolvido. Satisfeita? Não! Gastei 6 minutos para destapar trampa.
[Eu perco tempo com coisas tão más... credo!]

[amo]

20.1.11

é...

"Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida".

Martha Medeiros

16.1.11

traçar objectivos [...e alcançá-los]

O T. vai ter o seu próprio pc, para que isso aconteça vai ter de juntar as suas semanadas e ter boas notas em todas as disciplinas até ao final do ano.

A maezinha do T. vai ter a sua própria Kitchenaid se em 100 dias conseguir cumprir o seu objectivo [pelo sim e pelo não vou colocar a foto da dita ali à direita e já agora espalhar várias: na porta do frigorífico, na carteira, no carro... só assim a modo de lembrete, não vá eu ter um ataque amnésico].

12.1.11

nem tudo está perdido


quando vejo duas miúdas que não têm mais do que 15 anos a quererem inscrever-se num curso de iniciação à costura.

11.1.11

Malu

Durante o intervalo do jornal do almoço do canal 1 vi uma promoção da novela da tarde. Mázinha, ou então sou eu que esgotei a minha tolerância a novelas, já não consigo, nem portuguesas nem brasileiras, nada. Nem mesmo o famoso Equador em DVD com que fui brindada, levou guia de marcha num ápice dentro do celofane e tudo. A promoção que vi me pareceu-me mais de novela mexicana do que brasileira, agora que se ouve o famoso sotaque por todo o lado aquilo soa-me a teatral. Mas de repente lembrei-me da Malu e do quanto gostava de a ver, acho que vi todas as novelas que por cá passaram onde entrou. Não sei se ainda a veria com os mesmos olhos, mas lembro-me dela, linda e com um charme e estilo muito invulgar.

sorrir ao abrir o email :)

obrigada Tubarão

10.1.11

Special One

Que ele é o melhor, o prémio só veio confirmar o que ninguém pode negar. Goste-se dele ou não, é inevitável. Ganhou tudo o que havia para ganhar. Tem alma e sangue de vencedor. Sabe o seu verdadeiro valor, o valor do seu trabalho. Gosto dele, é frontal e tem a arrogância na dose certa para colocar quem o incomoda no sítio. Parabéns José Mourinho, é mais do que merecido.

coisas que nunca vou entender

como é que alguém consegue manchar a sua própria imagem apenas com o intuito de se vingar de outrem. Isto baralha-me, nunca entendo quem está mais sujo.

das coisas mesmo estúpidas que saem pela boca de pessoas parvas

Um mulher que [e bem] usufruiu de tudo o que tinha direito quando foi mãe, que teve direito a horário especial concedido a quem amamenta durante anos, que por acaso até é mãe de uma criança do sexo feminino, declarar peremptoriamente que se tivesse uma empresa só contratava homens por causa dos benefícios concedidos às mães... ou é muito estúpida ou eu sou burra.

próprio do estado

eu sei, eu sei, sou uma felizarda, abençoada, eu sei lá... nunca soube o que são enjoos e também não é agora que vou descobrir. Já do sono não posso dizer o mesmo. Tenho muito e a toda a hora, mas o pior são as saudades que sinto da minha caminha ou mesmo do meu sofá a seguir ao almoço.
[já disse que tenho sono?]

8.1.11

às vezes talvez seja só por amor- um preço demasiado alto a pagar

Durante muitos anos quando pensava numa família que conheci quando era ainda muito miúda ficava chocada. Era uma família sem mãe, havia um pai, uma filha e dois filhos. A mãe separou-se do pai e deixou a casa e os filhos para ir recomeçar uma nova vida num outro país. Largou tudo e foi. Durante anos quando pensava no assunto não entendia, não percebia como é que uma mãe é capaz de deixar os filhos, assim levianamente, achava eu. Hoje, que sou mãe, quando penso no assunto aperta-me o peito, mas não me escandaliza. Hoje consigo arranjar uma série de explicações para uma mãe [ou um pai] o fazerem, por muito socialmente incorrecto que seja.
Em primeiro lugar não se nasce mãe nem pai, e sê-lo não se ensina, pode-se retirar muita informação de muito lado, mas para mim é como a arte. Uns nascem com vocação, outros não, uns esforçam-se, outros não. Dos que nascem com vocação, uns esforçam-se e aperfeiçoam a técnica, outros não. Dos que nasceram sem a vocação, uns esforçam-se e com o treino acabam por torna-se tão bons ou melhores do que os que nasceram com vocação, outros esforçam-se e nunca chegarão perto, outros nem vocação, nem esforço, nada. Servir-se-ão sempre da desculpa que fazem o melhor que podem e sabem, sem fazerem o mínimo esforço porque há tanta coisa mais interessante para fazer.
Seja como for as crianças não vêem com livro de instruções, nem com um botão on/off que por vezes dava tanto jeito. É preciso tempo, empenho, vontade. Educar é talvez a tarefa mais exigente que qualquer ser humano, independentemente do parentesco, terá pela frente. Muitas vezes erramos convictos que estamos a fazer o mais correcto, felizmente também, muitas vezes acertamos. Não é fácil, temos de ser nós e para nós, mas também somos deles, muitas das vezes somos mais deles do que de nós próprios. A nossa vontade de dormir quando nos levantámos 10 vezes numa noite, não nos impede de nos levantarmos uma 11ªvez caso a criança assim o “exija” e, como este exemplo, enquanto mãe poderia enumerar um sem fim de exigências deles que anulam a minha vontade, mas acho que não vale a pena ir por aí. A maternidade/paternidade tem coisas fantásticas sem dúvida nenhuma, mas ver apenas esse lado é ver apenas o lado romântico da coisa, a parte que fica gira nos livros, a verdade é que a melhor definição que alguma vez li é que o nascimento de um filho é como arrancar o coração do peito e passar a andar com ele nas mãos, definição que subscrevo inteiramente.
Se ser mãe/pai já não é tarefa fácil, mesmo que a tentemos levar a cabo cheios de amor, empenho e boa vontade, se o tivermos de ser enquanto o outro progenitor usa a criança para nos atacar, para infernizar aí a tarefa torna-se heróica. É um auto-flagelo manter a imagem impoluta de alguém que constantemente através de palavras e acções tenta minar a nossa imagem. Sofrer na pele os ataques de terrorismo em nome de uma causa sem nome nem motivo, pior, ver os danos causados aos menos culpados de tudo isto, um filho. Quando um dos progenitores usa de modo inconsequente e repetido o filho para se vingar do outro está a atentar contra o próprio filho e, mais tarde se provará que contra si mesmo. As crianças têm memória e as memórias da infância são as que mais marcadas ficam. E é aqui, sobretudo nestes casos que eu entendo porque desistem mães e porque desistem pais. Como disse mais acima, é socialmente incorrecto e, diria até, socialmente condenado. Mãe ou pai que “abandone” a sua prole é apontada/o de dedo bem espetado. As pessoas em geral gostam de falar, de apontar, a maior parte das vezes desconhecedores de todos os factos que levam mães e pais a desistir de lutar. Já me perguntei muitas vezes quantos dos casos que ouvi falar ou que conheci superficialmente não terão saído de cena com o coração despedaçado com o motivo maior que é acabar com o campo de batalha em que vive o seu próprio filho. Haverá vozes que dirão ou mentes que pensarão: Isso não é solução.
Talvez não seja, mas provavelmente, na altura que tomaram a decisão esse não era de todo o caminho mais fácil mas a única saída que viram capaz de acabar com o terrorismo de que eram vítimas e retirar a criança da linha de fogo.

5.1.11

gostar de máquinas

[conheço uma criança que ia delirar]

ataques

Não sei como é que os outros, as pessoas em geral, comandam as suas vidas, a minha foi sempre pautada por falta de estratégia. Já fiz muitos planos, muitos As que tive de passar a Bs e até a Cs, que eu cá não sou de desistir. Faço muitos planos a curto, a médio prazo e até alguns a longo, se bem que estes, sempre em menor número e cada vez menos. Geralmente não esmoreço quando o plano A não funciona, ou já tenho um B na manga ou rapidamente arranjo um, felizmente a minha mente é suficientemente criativa, suficientemente rápida e, tão ou mais importante, muito habituada a lidar com reveses. Mas quando penso em estratégia sei que nunca tive uma, embora admire quem a tenha, afinal existem muito boas estratégias positivas.
Por outro lado não consigo admirar outro tipo de estratégias; há quem seja capaz de tudo por uma promoção, por exemplo e, delineie planos dignos do melhor estratega em batalhas até conseguir abrir caminho para atingir o tão almejado lugar. Com tanto que vi, com tanto que aprendi, com tanto que consegui e pela forma que o fiz, ainda não consigo entender o gozo que isso possa dar quando se chega lá, à meta. A mim, cheira-me sempre a sentimento de insatisfação. Por muito que se consiga, que se consegue, que já vi tanta gentinha a consegui-lo, quando conseguem o que querem deve haver um travo amargo de insatisfação, até porque geralmente há vítimas a lamentar e não sendo o caso, pelo menos danos causados a terceiros há com toda a certeza. Quando dou como exemplo a promoção, é só mesmo um exemplo, aplica-se a qualquer coisa que se consiga através de meios menos convencionais [eu tinha outro nome para lhes chamar, mas este serve]. Sei que se tivesse montado uma estratégia como as que vejo à minha volta, já teria muito mais do que tenho, já teria atingido um patamar muito mais elevado, não é preciso muito, afinal com a inteligência com que Deus me dotou só me faltavam dois ingredientes fundamentais: a falta de vergonha na cara e sangue de barata, mas estes não os tenho e embora se consigam arranjar nunca os compraria, prefiro ter menos mas muito melhor. Entre o doce sabor do degrau atingido e o amargo do patamar, não me restam dúvidas.
O problema [delas, não o meu] é que abomino verdadeiramente as pessoas que fazem parte desta espécie e que infelizmente não se encontra em vias de extinção, ao contrário de outros animaizinhos bem mais queridos e fofos, além disso parece-me que saí de fábrica com um extra, um radar que detecta ao longe a espécie, o que confesso, que se por um lado me dá algum jeito, por outro, além de me acordar para a terrível realidade de superpopulação da espécie, impede-me de me fazer de parva. Em vez disso tranco os dentes dentro da boca para que não lhe vejam sequer um arzinho da sua graça e ignoro-as completamente. Coisa que aliás e sem modéstias faço muito bem, ignorar. Mas como tudo tem um lado perverso, o caso não podia ser diferente, e o lado perverso da coisa é que também me topam: topam que eu as/os topo. O que pode ser uma grandessíssima merda, mas lá está, se há coisa que não tenho, nem quero que ocupa muito espaço, é estratégia. Sendo assim, topem-me à vontadinha que eu continuo com os meus oculinhos-cor-de-rosinha [os inhos e inhas são propositados] a ignorar-vos porque no meu mundo vocês não existem, tá?