Caixa dos fios

28.2.09

odeio

o poder que o estado do tempo tem para influenciar o meu estado de espírito.

27.2.09

26.2.09

ciclos

A minha vida é como a moda... ciclíca. Vê-la vestida de chumaços e meias de renda rasgadas esta-me a fazer mal [ou então é da minha vista], vou ver se arranjo uns crucifixos para compôr o figurino, pode ser que dê sorte.

25.2.09

Azedas

Ontem o T. provou e, claro, gostou.

Gosto de histórias de amor [Austrália]

Porque tem a Nicole Kidman. Porque há “circunstâncias extraordinárias”.
Porque todos temos sonhos, mas os sonhos para se realizarem não basta sonhar, é preciso lutar. Porque quando se luta pelos sonhos eles acontecem.

23.2.09

"- Os teus filhos são crianças felizes?"

Pode parecer fácil, à primeira vista, responder a uma pergunta destas, mas não é, não se de facto quiser responder convicta da resposta. Mas a resposta, a verdadeira, é sim, é um redondo sim.
Os meus filhos acordam bem dispostos, sorriem e riem, são crianças de bem com a vida. Claro que, como todas as crianças com as mesmas idades, sofrem mais ou menos com as frustações dos nãos que vão obtendo. Mas no seu todo são duas crianças perfeitamente adaptadas à vida que têm, às circunstâncias com que se vão deparando, aos desafios que encontram. São uns mimados e tenho muito orgulho de todo e de toda a forma de mimo com que os vou enchendo, eu e os que o rodeiam, de uma forma ou de outra.
Hoje, ao recebê-los de mais uma fim de semana com o pai, quando os vi fez-me todo o sentido, arrancar finalmente este post dos rascunhos e postá-lo.
Os meus filhos são crianças felizes quando vão e são crianças felizes quando voltam, muito mais do que quando não tinham de ir a lado nenhum e isso enche-me de orgulho, deles e de mim também. Porque sou melhor melhor mãe agora. Porque estou resolvida comigo. Porque estou mais feliz. Porque pais e mães felizes têm filhos felizes.
[E adoro aqueles sorrisos quando chegam, adoro]

efeitos secundários

Depois de ontem ter dormido uma sesta de três horas e achar que precisava de uma noite bem dormida [o que não tem acontecido] tomei um comprimido e fui para a cama cedo e podre de sono.
Hoje de manhã e com a tal noite de sono bem dormida acordei com energia e disposição para mudar o mundo.
Depois passou-me. Não se muda o que não quer ser mudado.
[Mais umas manhãs destas e quem muda sou eu]

20.2.09

É tão triste

Já não aguento ouvir queixas. Colegas que se queixam insistentemente, que dizem mal da empresa, do trabalho que têm, do que ganham.
Hoje dois temporários foram dispensados do meu departamento, qualquer esperança que tivessem de vir a ficar morreu numa conversa de gabinete à porta fechada. Na secretária à frente de cada um deles "trabalham" [as aspas são propositadas] duas das pessoas mais incompetentes com quem tive o desprazer de me cruzar na minha vida profissional. Ambas se queixam constantemente, ambas fazem menos do que outras pessoas com as mesmas funções, ambas invejam quem consegue progredir graças a muito esforço, ambas insatisfeitas, ambas destabilizadoras de um bom ambiente de trabalho. Estão nos quadros, mas não valorizam o facto de trabalharem numa empresa de prestígio, que paga a tempo e horas, que lhes concede seguro de saúde e vales de compras num hipermercado no Natal, onde não se fala em despedimentos, onde bebem café sem pagar e onde todos os anos há aumentos de ordenados. Tudo atributos que não contam para a felicidade destas duas pessoas e eu pergunto-me quantas pessoas sem dinheiro para dar de comer aos filhos e pagar a renda de casa gostariam de trocar de lugar com elas.
É triste, muito triste.

verdades absolutas I

Perguntaram ao Dalai Lama:

- O que mais o surpreende na Humanidade?

"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma, que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... ... e morrem como se nunca tivessem vivido."

Dalai lama

Preciso

de praia. Está quase. É já amanhã.

19.2.09

em dias como o de hoje

deixo-me levar pelos sonhos.
Finjo que não estou a trabalhar, que moro na casa dos meus sonhos, que tenho uma rede presa a duas árvores, que tomo o pequeno almoço no jardim enquanto vejo os meus filhos a brincar na relva com o Dolce, o nosso Golden Retriever, que o sol que me aquece os braços e as pernas me aquece também a alma e o coração. Que mais logo tenho os sacos para arranjar, que nos vamos enfiar os três e o cão dentro do carro e rumar ao nosso refúgio pintado de branco com barra azul junto ao chão e à volta das janelas com portadas. E, amanhã vou acordar na minha outra casa dos meus sonhos e os meus filhos vão estar a brincar na relva com o Dolce enquanto eu tomo o pequeno almoço cá fora e sorrio porque o sol que me aquece os braços e as pernas também me aquece a alma e o coração.

Enconados

Ser enconado é um estado de espírito, é um estado de não estar. Os enconados [não liguem ao género porque aplica-se a eles e a elas] são pessoas que todos conhecemos, de alguns até gostamos, podem viver ao nosso lado, trabalhar na secretária em frente ou ser a pessoa que está a ser atendida à nossa frente e que demora uma eternidade a facilitar o troco. Os enconados, ao contrário dos coitadinhos, são pessoas que até podem ter vontade de fazer, de resolver, de mudar, mas não sabem como, não sabem quando, "um dia..." costuma ser o início das frases. Também usam o pretérito imperfeito. "ahhh, seria tão bom..." [pois seria... e se levantasses o rabo do sofá e te mexesses usavas outro tempo verbal]. Os enconados são sonhadores sem o objectivo de alcançar o sonho. É tudo demasiado complicado, tudo demasiado difícil, com um enconado a tratar de alguma coisa é tudo demasiado lento. Um enconado não fode, nem saí de cima. Um enconado quando se consegue decidir [uau... conseguiu] morre na chegada à praia, porque é demasiado enconado para dar a braçada que falta, fica à espera da ondinha que os vai empurrar. Um enconado nunca gritou vitória porque nunca venceu sozinho, nem tão pouco sabe o que isso é.
Os enconados têm medo de vencer.

16.2.09

eu queria

escrever um post fantástico, mas não me apetece, o que me apetecia mesmo era estar enfiada no carro e fazer uma viagem com o sol a entrar-me pelo carro.

12.2.09

verniz entornado

Num dos wc's da empresa onde trabalho, um dos cubículos tem verniz rosa choque brilhante colado ao chão, tiras marcadas como se o frasco tivesse caído e entornado tudo por onde passou.
Perante a imagem que ficou para a posteridade [e possivelmente desesperou as senhoras da limpeza] há duas coisas que me ocorrem: Primeiro que urgência tão grande faz alguém pintar as unhas num cubículo daqueles e com aquela luz [já para não falar do gosto duvidoso de ter as unhas pintadas daquela cor horrorosa]; Segundo, não me saí da cabeça a imagem do possível pânico que se instalou aquando da queda do frasquinho.

[má] ideia

ir ao médico queixar-me de dores no peito com um maço de Marlboro a sair-me do bolso.

hoje é dia

de almoço Lipstick Jungle.

10.2.09

por mais Zen que esteja [e estou] II

só me apetece asneirar ao ver o excesso de plafont do telemóvel que vou ter de pagar.

[a partir de hoje se quiserem telefonem, eu não telefono a ninguém, é a crise!]

por mais Zen que esteja [e estou] I

não consigo não me irritar comigo própria por continuar a tropeçar nas mesmas merdas.

[eu estou zen, não tenho é sangue de barata]

Quem sai aos seus

O T. quer aprender a tocar violino.

[Juro que nunca lhe tinha falado no assunto]

Consequências

Por muito boa vontade que haja, não se pode ajudar quem não nos deixa chegar suficientemente perto.

[é pena]

Gosto

de acordar mais cedo do que toca o despertador do telemóvel, pegar nele e puxá-lo para a minha cama. Sentir o cheiro dele [cheira sempre a papa], o calor do corpo ainda bébe, as mãos tão pequeninas que procuram a minha cara ou a minha mão. De ficar ali com ele encaixado em mim como uma extensão do meu próprio corpo. Da paz que sinto só por ele, tão pequenino, estar ali a dormir ao meu lado.

9.2.09

é por estas

que gosto dos seguros contra todos.

teste

para testar o meu [novo] estado Zen, nada como uma maçariquice a estacionar o carro. Há uns dias atrás teria asneirado comigo mesma até me cansar, mas hoje e enquanto ouvia a chapa a raspar no muro só pensei; - Que chatice! Paciência, antes a chapa do que eu.

outros sinais

o bom tempo deve estar a chegar. O meu telhado está cheio de pardais.

Aceitar I


Há sonhos que não se realizam. Não há volta a dar. Por falta de ambição, por falta de coragem, por falta de tempo, por falta de dinheiro, por falta de disponibilidade, por falta de qualquer coisa, porque faltou qualquer coisa que impediu a passagem do estado sonho para o estado real.
Sempre devorei séries do tipo ER, Dr. House, Grey's Anatomy e Private Pratice, não por ser mais uma série mas essencialmente por serem séries de médicos e doentes, de hospitais e clínicas.
Era o meu sonho, ser médica. Não o pude realizar. E não me digam que vou a tempo porque não vou. Se na "altura normal" de o fazer não tive tempo porque estava demasiado preocupada em ganhar dinheiro para pagar as contas agora menos tempo tenho e mais contas para pagar me chegam às mãos e, para dizer a verdade, acho que agora não teria estômago para aguentar o lado violento do curso.
Tenho pena de não ter podido realizá-lo, não é um desgosto, aceitei há já muito tempo que nem tudo depende apenas de nós. A conjuntura [agora é moda chamar conjuntura] não foi a favor.
Aceitei, com pena, mas aceitei.

Zen


Depois do susto de sexta feira e de passar o fim de semana a descansar [à séria] está decidido, entrei em período Zen.

8.2.09

Sinais

Há meses que ando numa roda viva. Tenho esticado todo o meu tempo, atingi máximos históricos. Deitada no sofá revivo mentalmente os meus dias, os de trabalho e os outros, as minhas noites com poucas horas de sono. Têm sido muitas as preocupações, a falta de tranquilidade, os desgostos, o excesso de velocidade dos dias, o excesso de nicotina. Olho para o espelho e vejo reflectida uma imagem demasiado cansada, com excessos visíveis, a imagem está envelhecida, é verdade, nos últimos meses envelheci mais do que o normal, os pés de galinha estão cá a prová-lo, tal como as olheiras que já não se deixam disfarçar com corrector.
Tenho ignorado todos os sinais de alerta. Sinto o corpo demasiado cansado, custa-me organizar ideias, em alturas de cansaço extremo os meus sentidos ficam diminuidos. A falta de apetite, a audição que capta melhor os ruídos de fundo do que consegue seguir o interlocutor à minha frente, a falta de concentração para qualquer coisa, a memória que se apaga.
Tenho ignorado todos os alarmes com que o meu corpo me tenta avisar para acalmar e ele vai-me avisando cada vez mais alto. Ontem enquanto estacionava o carro fui alertada por uma lancerante dor no peito que me apanhou o pescoço e o braço esquerdo.
Está na hora de acalmar e de ouvir os sinais. Tenho mesmo de mudar rotinas antes que seja tarde demais.

5.2.09

"Perder tempo"

"(...) O tempo passa e não quer saber se o aproveitámos bem ou não.

O comboio estava lá, havia mais restaurantes e mais filmes para escolher, o mar existe, os filhos fazem-se, as flores precisam de terra, o amor é para quem o acolhe, os beijos devem ser degustados, o aumento de ordenado deve justificar o sacrifício de manter aquele emprego, o poema guarda-se, e, por excêntrico que pareça, podemos dizer que não temos telemóvel.
Mas o tempo, o tempo que tem a nossa vida, não pode ser perdido.

E amanhã é sempre tarde demais."

Galo Garnizé

foto: Olhares

Olho para ele e apenas vejo um galo garnizé, o bom aspecto das penas quase [mas só quase] conseguem enganar um olhar mais distraído. Demasiado pequeno, demasiado insignificante, demasiado cheio de si, demasiado espalhafatoso, demasiado pouco. É, demasiado pouco [já lhe terão dito o quão pouco é?]. Faltou-lhe ter tamanho, faltou-lhe raça, faltou-lhe força. Não passa de uma galo de raça anã com a mania que é tão ou melhor do que os outros. Mas até a mania é só para enganar incautos, porque a sua única virtude é a noção que tem de ser menor. É menor no seu ser, no sentir e no agir [ é tão pequeno]. Afinal não passa de um galo garnizé a tentar ser galo de capoeira onde outro galo no alto do seu poleiro [que nem precisa de ser assim tão alto] anuncia a alvorada.

4.2.09

Há mulheres que me inspiram

Ver a Tina Turner com 68 anos com uns saltos de pelo menos 8 cm em cima de um palco é um deleite.
[eu também quero envelhecer assim]

4-1

O último Sporting x Porto foi visto da bancada portista, ou não estivesse eu acompanhada de um adepto azul e branco. A coisa correu bem, ao início, porque o resultado, esse, foi a favor dos azuis. Tirando o resultado dos penáltis gostei muito daquele jogo. Quando recebi o email do Sporting a avisar da venda dos bilhetes para o jogo de hoje lembrei-me do V. e ainda me passou pela cabeça desafiá-lo, mas era dia de semana. Gostei mais do resultado de hoje, mas vibrar no estádio, é outra coisa. [Ahhh, como eu gostava de estar hoje na bancada portista de cachecol verdinho]

3.2.09

Ardeu

o cinema Lido. Era uma miúda quando lá entrei a primeira e única vez na vida. O filme em exibição? África Minha. A companhia? O único rapaz que me fazia gaguejar quando me dirigia a palavra. Foi a minha primeira grande paixão, andávamos no 1º ano do ciclo no mesmo colégio quando nos conhecemos, a minha paixão por ele durou até ao 8º ano, altura em que ambos saímos do colégio. Sim, foi mais uma paixão platónica do que outra coisa, mas quando soube do incêndio não pude de me deixar de lembrar do B. nem do África Minha.
[também vimos o Karaté Kid II juntos, mas só me lembro da música]

Piolhices

Primeiro foi o mais velho que trouxe da escola, vinha carregadinho. Depois tocou ao mais novo. Eu escapei provavelmente devido à profilaxia do champoo carregadinho de químicos. Os bichos não quiseram nada comigo, em compensação dei cabo do couro cabeludo, mas apesar de tudo ganhei na minimização dos estragos.
Ontem quando vi a cabeça do A. nem queria acreditar, piolhos, o miúdo estava carregado deles, a minha experiência até aqui só com lêndeas conheceu uma variante muito pouco agradável, se já é mau vê-los carregados de ovos minúsculos presos aos cabelos, ver bichos a andar pela cabeça do meu bebé é muito pior.
O miúdo lá ficou com a cabeça empestada de produto para matar as bichezas e graças a Deus gosta de gorros, porque teve de dormir com um. Hoje foi dia de pente, o que não se previa uma tarefa nada fácil de pôr em práctica até foi, o A. gosta de ser catado e lá deixou que eu lhe removesse os corpos mortos da cabeça.
Para já parece que passou, mas confesso que quando vejo estes bichos fico cheia de comichões. Agora vou ali piorar um bocadinho o estado do meu couro cabeludo antes que tenha um ataque ecorte o cabelo com pente 1.

a vida

é demasiado curta para perder um minuto que seja com quem não merece e muito menos por certas merdas.

2.2.09

Frames

Foram frames de segundo , uma guinada no volante, enquanto acelerava ainda mais, que me separaram por um fio de cabelo de ver a frente do carro entrar-me pela porta lateral. Foram frames de segundo e outra guinada violenta que me impediram de subir o passeio e ir contra o poste à minha frente. Viu-o tão perto.
Foram frames de segundo com a adrenalina no pico mais alto que me salvaram e, é verdade, vi instantes da minha vida, caras que me são queridas tão nítidas como o símbolo da marca do outro carro preso na grelha da frente cada vez mais próximo de mim.

[Obrigada!]

auto-ajuda

-Eu consigo tudo o que quero!
-Eu consigo tudo o que quero!
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