Caixa dos fios

31.10.10

zen & doce

é terminar a tarde numa sala perfeitamente zen a receber uma massagem enquanto a cara-metade está deitada ao meu lado a receber também ele uma massagem, seguido de jantar a dois servido por quem o faz com verdadeiro gosto.

29.10.10

vale a pena relembrar

eu, as garantias e eu

Comigo anda sempre tudo ali no limite dos limites. Umas vezes safo-me, outras não. O meu carro fez dois anos este verão, nem uma semana depois de terminada a garantia, o alternador resolveu morrer. Alternador novo, bateria nova e uma conta astronómica para pagar que uma semana antes tinha custado z-e-r-o. Agora foi a máquina da roupa. Máquina toda xpto, que lá em casa lava-se muita roupa e eu cá sou fiel a marcas que até irrita. Ora a menina resolveu não trabalhar, metia água [mas isso todos metemos, mais cedo ou mais tarde e uns mais do que os outros] mas a cuba dar voltinhas, tá quieto que isso é cansativo. Marcação para a assistência técnica, enquanto a roupa acumula no cesto, técnico experimenta a máquina e máquina funciona. Justificação: picos de corrente. Agendamos reparação para dia 8, para que eu possa testar a máquina e para não ter de pagar nova deslocação. Técnico saí de minha casa e despejo o cesto dentro da máquina a achar que vou lavar aquilo tudo. Ah, pois... máquina com roupa não funciona e máquina entra em coma profundo. Telefonema para a assistência técnica, choradinho por a garantia ter acabado à 16 dias e voilá, quem não chora não mama e o malfadado do módulo que ia custar trezentos e trinta euros passou a cortesia. E assim, se justifica a minha lealdade a certas marcas. Compensa e muito.
[Estou profundamente arrependida de não ter ido para a porta da Ford rodeada pelos meus filhos e de lágrima no olho].

28.10.10

ele há dias em que gosto tanto disto

Entrar mais cedo para fazer o trabalho de outros que saíram mais cedo e estão-se nas tintas para as suas responsabilidades é do melhor, não é?

27.10.10

de "amanelo" para amarelo

Não tenho escrito sobre os meus filhos, não tenho nenhuma razão para não o fazer e todas para fazê-lo, até porque daquelas coisinhas que vão acontecendo vão-se perdendo nas memórias que às tantas já não sei de quem foi a tirada ou que idade tinham e um pequeno registo ajuda sempre.
Não me lembro de alguma vez ter publicado acerca da forma como eles falavam, mais o A. do que o T., obviamente, dada a idade aquando dos meus primeiros passos na blogoesfera. Hoje, propositadamente escrevo sobre o "amanelo".
O A. sempre disse "amanelo" e "amanela". Estas são para mim, as palavras do A. que para a idade tem um vocabulário fantástico e uma dicção ainda melhor [sim, sim, eu sei, sou a mãe o que haveria de dizer? Mas é a verdade!], graças às correcções constantes da minha parte, graças à insistência incansável do T. que repete as silabas e as palavras inúmeras vezes até o irmão repetir bem ou, na maior parte dos casos o A. lhe dizer que não repete nem mais uma vez porque está farto.
Hoje quando cheguei ao colégio o A. veio a correr informar-me com o seu ar maior de felicidade que já sabia dizer amarelo e amarela. E eu fiquei encurralada entre o sentimento de mãe babada que o vê crescer e a mãe [só mãe] que o vê crescer e cujo tempo lhe passa por entre os dedos. Desde que o fui buscar que não me saía da cabeça -Ele já não diz amanela... e confesso que fiquei um bocadinho triste. Depois quando o estava a secar do banho e por causa de uma conversa com o irmão saiu-lhe o "tulabão". O T. caiu-lhe em cima com repetições de silabas até que o outro se fartou e lhe disse: "- Não repito mais." O T. ainda insistiu, mas não teve sorte e, desta vez, não me meti ao barulho, vou gozar o "tulabão" e os "tulabões" antes que se acabem.

hobbies

pôr no forno

tirar do forno

e o T. dispara a máquina como se não houvesse amanhã

24.10.10

sweet sunday II [a casa ficou com o cheiro da nossa infância]

e correu muito bem. A marmelada ficou fantástica, agora resta-me munir-me de mais tigelas e voltar a fazer em quantidade maior.


sweet sunday

A casa cheira aos marmelos que neste momento estão a cozer. Na televisão Notting Hill.

22.10.10

grow up


Há alturas, momentos, situações, pessoas, condicionantes, boas notícias, más notícias, uma panóplia de coisas que nos mudam. Não é mudar por fora, mas lá dentro, naquele cantinho que fica lá ao fundo atrás dos olhos, que nos orienta na forma como vemos a vida e como a queremos viver. Não perdi a conta, porque nunca contei o número de vezes que me aconteceu, mas já foram várias e conheço bem os sintomas que antecedem estas mudanças. E eu estou novamente a mudar, sinto-o tão bem, pelo que me entusiasma, pelo que me enfada. Deixo-me enamorar, ainda que timidamente, pelo que me dá prazer, devagarinho, sem pressas, como uma conquista sedutora e vou-me desligando do resto, deslizando suavemente para fora da zona de conforto à espera do dia em que olho para trás e sei que mudei. Mas enquanto não acontece, deixo-me ir, seduzida.

20.10.10

objects of desire

mais uma


Há dois anos, foi a minha mui querida Rosinda que tive de dispensar: Sinto-lhe a falta e sinto sobretudo a falta de chegar a casa e ter tudo arrumado, limpo e no sítio. Agora aproxima-se a data [final do mês] em que vou dispensar os serviços do Sr. Paulo, vou deixar de ter roupa passada a ferro sem esforço. Não sei até que ponto vou poupar de um lado para depois ter de largar os euros no ortopedista para me endireitar a coluna, mas por princípio e numa altura em que se tem [eu pelo menos tenho] de apertar o cinto, o serviço de engomadoria soa-me a luxo dispensável. Assim, a próxima semana será a última em que a roupa sai da corda directamente para o saco da Ikea, a partir daí vai ser uma animação cá em casa com o ferro de engomar, olarila.

Ahhh... como eu odeio o ferro de engomar!

19.10.10

alterações de calendário

o dia das mentiras mudou de 1 de Abril para dia 1 de Janeiro. Quando desejarmos bom ano vamos estar a mentir com os dentes todos.

[pfff]

Ando assim mais para o chateada do que perú em véspera de Natal. Não, não aconteceu nada, ou pelo menos nada que não tenha acontecido a mais uns milhões de portugueses. É a crise, pah! Pois é... eu que nem sou nada destes pessimismos e que já passei por outros apertos de cinto em alturas [teoricamente] mais complicadas, ando fodida da vida com este apertar repentino do cinto. Vai doer este apertão. E depois não é só o aperto, é tudo em catadupa à volta: as notícias da desgraça, o fecho das empresas, os trabalhadores na rua, as filas no centro de emprego, a falta de vendas dos carros, as taxas de juro e as rendas a subir,a violência a aumentar, as greves, os pedidos desesperados, as campanhas para ajudar, os protestos, tudo...e a nossa paciência a cair.
Por isso, não se passa nada, mas ando mesmo, mesmo chateada.

[Vai ser linda a passagem de ano, vai, vai... -Podemos mudar logo para 2012 ou 2013? É que 2011, não me apetece.]

15.10.10

e se de repente

encontrasse aquele que foi o meu melhor [e único] amigo na fase mais complicada da minha vida?

O acaso tem destas coisas e numa noite de serão a trabalhar, vou até ao bar comer uma sopa, chega logo a seguir o A.. - O A.! Tantos anos passaram desde a última vez que nos vimos, aqui, na mesma empresa, por mero acaso, porque trabalhávamos cá os dois, muitos anos depois da última vez que estivemos juntos.
E numa refeição rápida pesquisamos memórias que ficaram guardadas lá atrás da tralha que trazemos na arrecadação da mente. Os sonhos que tínhamos, a realidade que vivia, aparece tudo, até as voltas da vida. Uma viagem para trás no tempo. Eu estou igual e ele também, mas com barba. Somos os mesmos aos olhos um do outro que não conseguem ver o passar dos anos. O A. lembra-me do quanto eu gostava de escrever. Tantas cartas escritas às escondidas, enviadas para outra morada que não a minha. Évora! Lembro-me sempre do A. quando vou a Évora. Foi graças a ele e a uma fuga que conheci Évora. Foi em casa dele que me abriguei e, até hoje acho que ele não sabe o quão libertadores foram aqueles dois dias. Quase vinte anos depois voltamos a encontrar-nos. Há pessoas que vale a pena encontrar. Há pessoas que vale a pena encontrar e não voltar a perder. Não sei as voltas que a vida ainda dará, mas o A., por tudo quanto a nossa amizade significou para mim, vai ser sempre daquelas pessoas que longe ou perto estará guardado na minha caixa dos afectos e vou sentir sempre a perda se o contacto se cortar novamente. Eu não sei se ele sabe, mas a amizade dele foi, sem sombra de dúvida, das mais importantes que tive na minha vida.

Obrigada A.


[Como mãe, adorava que os meus filhos tivessem a capacidade de fazer bons amigos como eu.]

14.10.10

CSI

Mas porque é que os presumíveis culpados têm sempre vestido ou calçado algo que os incrimine quando são interrogados?

um Senhor

Critiquem o cabelo, o fato de treino, a voz ou mesmo a tranquilidade. Paulo Bento é um Senhor

nem 8 nem 80

é que se oito é pouco para receber, oitenta é muito para dar.

13.10.10

amigos, mas não como dantes

[A propósito do post da ême, que saiu da blogoesfera directamente para o sítio dos meus afectos mais próximos, que é também, provavelmente, a pessoa que melhor entende os meus conceitos mais básicos acerca da amizade.]

Ultimamente a minha teoria de que não há amizades imparciais tem sido muito posta à prova, a bem dizer, toda a minha vida o foi, essa é a verdade. Eu não vejo os meus amigos como júris de concurso de popularidade, nem eu alguma vez quis ser popular. Quando sou amiga de alguém sou-o de facto, largo tudo para ir para lá e quando finalmente lá chego, estou também de facto lá, para rir, para chorar, para consolar e se for caso disso para o puxão de orelhas. Comigo a amizade não tem meio termo, ou se é ou não se é. E se alguém quiser aqui falar no efeito matilha que fale, porque é isso mesmo. Se alguém faz mal a um amigo meu, seja de que forma for, não me faz mal a mim, mas eu sinto-me quando um amigo sofre. Sinto as injustiças como se a mim fossem infligidas e, mesmo apesar de ter sempre o péssimo hábito de ver o "filme" de todos os ângulos e calçar os sapatos de todos os intervenientes, que me faz umas vezes pôr água na fervura e outras em que ainda consigo ver mais lenha para atirar para a fogueira, tomo partidos e se quando se trata de uma migo não há nada a dizer, porque a decisão é fácil, quando existem duas pessoas envolvidas em que existia uma amizade com ambas chegou a altura de escolher um caminho. Chegou a altura de escolher quem consolar, quem ouvir. A velha desculpa que o problema é deles, eles que resolvam, comigo não pega. Eu não posso ouvir de um lado e ouvir do outro e manter-me imparcial, muito menos posso emitir comentários de um lado e abster-me do outro, ou, ainda pior, emitir comentários de ambos os lados, por isso só há um caminho a escolher e uma pessoa a quem dar a mão. Como se faz a escolha, não é fácil, o leque de variáveis é tão grande, que, no meu caso, sigo sempre o meu coração. Mas também não traio ninguém e, tomada a decisão, o/a excluído/a é informado/a da decisão. Amigos, sim, mas não como dantes. Claro que esta forma de pensar e de agir não aumenta grandemente o número de amigos que vou coleccionando ao longo da vida, até porque a tendência está mais para rupturas do que para casamentos, mas gosto muito de poder encarar os outros, olhos nos olhos, sem pesos de consciência e com a certeza de que os outros sabem com o que contam.

felizmente ainda alguma coisa funciona neste país, nem que seja a ASAE

Ontem à noite fiz uma queixa no site deles.

Hoje à tarde recebo a resposta.

Exmo(a) Senhor(a)

Por este meio acusamos a recepção da mensagem de V.Exa. do passado dia 13 de Outubro de 2010, cujo conteúdo agradecemos, e por conter matéria que se insere no âmbito das competências desta Autoridade, informamos que iremos tomar todas as diligências consideradas necessárias.

Porém, constata-se que existe, igualmente, matéria da competência da Inspecção Geral da Educação, pelo que nesta data, procedemos ao reenvio da mensagem para a mesma.

Com os melhores cumprimentos,

O Director de Serviços

telefonemas e cigarros

Aproveito sempre as minhas idas à rua para fumar, para pôr os meu telefonemas em dia. Na minha segunda viagem para o efeito, telefono a alguém com quem não falo à várias semanas.
- Bom dia! Está vivo?
- Olá bom dia! Estou no Dubai!
- (cof, cof) Há pessoas com uma vida muito boa.
- Estou a trabalhar.
- Pois, também eu. Olhe quando chegar ligue-me!

[Porra que deve ser bem melhor estar a trabalhar no Dubai]

12.10.10

gadgets

e porque não tarda é Natal


O meus anjinhos estão quase a chegar!

azedume

Hoje estou assim, um "bocadinho" azeda. É bom que não puxem muito por mim, é que a paciência tem limites e, se as pessoas estão bem, ora ainda bem e sigam lá a sua vidinha que eu há muito que sigo a minha e não me torrem a paciência que eu tenho mais o que fazer e com que me entreter. É que a blogoesfera já anda tão poluída que mais um bocadinho de lixo também não mata ninguém [até porque há pessoas que nem de vergonha socumbem] e posso começar aqui a debitar posts atrás de posts e é chato porque tenho mais que fazer.


11.10.10

hoje

E a até vinha escrever umas linhas que se andam aqui a baloiçar na minha cabeça, mas dói-me. Não escrever, mas a cabeça e a garganta e o corpo todo e perdi a vontade ao ver a caixa aberta. Amanhã, ou noutro dia qualquer. Agora vou é dormir e enroscar-me num saco de água quente que como estou hoje é o que me apetece. [Só falta chover, caramba!]

[Pela boca morre o peixe: E cada vez com menos vontade de blogoesfera, será que passa?]

sem palavras

8.10.10

o que realmente interessa


é fim de semana. A casa encheu-se já hoje com quem nos aquece o coração. E, amanhã os amigos irão encher ainda mais, acabaram os desencontros das férias e voltamos à nossa [tão boa] rotina dos jantares. Amanhã teremos a casa cheia de miúdos e graúdos e uma mesa farta. Amanhã e, tão a propósito com o tempo que está, é dia de cozinha e vamos inaugurar a modalidade dos mais novos cozinharem para os seus congéneres, o que promete uma enorme animação durante a tarde. A noite vai ser ainda melhor. Ergam-se os copos e brindemos, a nós.

7.10.10

das séries


Lembro-me dos tempos em que ficava acordada até Às 4 da matina para ver o Seinfeld, a luta contra o sono, o que maldizia da minha vidinha na manhã seguinte. Era estúpido, todos os dias acordava a muito custo, cheia de sono, pois claro, a jurar a pés juntos que naquela noite é que era e que iria para a cama cedo. E a vontade de dormir mantinha-se até à hora de jantar, altura em que me dava a despertina e me mantinha acordada, muitas vezes quase com a ajuda de palitos a segurarem-me as palpebras à espera da porcaria da série. Falo do Seinfeld porque foi de todas as séries que segui que me lembro de dar mais tarde, mas o "culto de série" tive por muitas outras. A Ally McBeal, via os episódios em cassetes nas horas de almoço. As séries que segui, segui a sério. Enquanto via estava viver a história. E houve muitas séries que segui e muitas histórias que vivi. Sinto-lhes a falta. Sinto a falta de ter uma série para ver. Vou apanhando séries nos canais cabo, mas estes acabaram por vir baralhar a coisa, nunca sei se o episódio é o seguinte ao que vi, ou se é outra temporada. Também é verdade que já nem procuro informação como fazia antes, uma pessoa perde-se no meio de tanto facilitismo e vai deixando andar. O resultado não é animador, não arranjo nenhuma série para seguir "à séria" porque também não a procuro, mas sinto-lhes a falta e daqueles meus momentos deitada no sofá em que nada mais existe a não ser o que se passa no ecrã.

porque a vida também é feita de dias Im[perfeitos]

"(...)Até que chegou um dia em que decidimos afastarmo-nos. Porque sim, conseguimos perdoar, mas não sempre a mesma pessoa. Temos pena de que a história com aquela pessoa termine assim, mas temos pena sobretudo que a pessoa continue a errar sucessivamente, sem se aperceber de que nos consome o coração por inteiro e sem se preocupar que fiquemos sem espaço para que outras pessoas eventualmente o magoem também. Essas pessoas deixam-nos tão vazios, tão magoados, que irmo-nos embora das suas vidas, apesar de difícil, é muitas vezes o que nos salva.(...)"

Roubado à Miss Daisy, daqui

quero, muito!

6.10.10

as três certezas que tenho na vida

A primeira é que um dia dou o grito de liberdade, a segunda é que quando o der me vou dar muito bem e em terceiro lugar é que me vou arrepender de não o ter dado mais cedo.

5.10.10

pergunta

"E a pergunta é porquê. Por que é que se sentem tão revoltadas e magoadas, justificando todos os actos e mais alguns contra nós, para tentarem destruir a nossa felicidade? Por que é que o mais importante para elas é despedaçarem a nossa felicidade, em vez de lutarem pela delas?"

mudam-se os tempos mudam-se os hábitos

Há momentos ao longo da vida em que temos necessidade de mudança. Mudança de casa, de cidade, de emprego, de sair de uma relação, de entrar numa relação ou, por vezes [muitas mais vezes] de corte de cabelo, de estilo de roupa e por aí fora. Eu, confesso tenho muita vontade de fazer uma mudança das drásticas na minha vida, mudava-me já se pudesse e trocava a cidade pelo campo sem pensar muito no assunto, mas essa mudança, infelizmente e, por vários motivos não é possível.
Já passei a fase em que limpar o armário e reduzir drasticamente os trapos para depois o voltar a encher, demorando, mais ou menos tempo, me servia de terapia de mudança. Já não resulta e, já nem pachorra tenho para isso. Limito-me a limpar o armário nas "mudanças de colecção", saí Primavera/Verão e entra Outono/Inverno, retira-se o que já só entra e saí do armário sem ter ido à rua, porque infelizmente há muito boa gente a quem faz mais falta e chega-me.
Com a "novidade" de novo plano de austeridade e do consequente aumento de impostos, numa altura em que nos preparamos para aumentar a família, parece-me uma excelente altura para colocar em prática uma mudança que há muito anda a pairar na minha cabeça.
Já não podemos cortar no bem de que se sente mais a falta, mas que também é o primeiro a ter guia de marcha em situações de crise que é a empregada, essa já seguiu para outras paragens há muito, sinto-lhe a falta mas não morro com a sua ausência. Como também já não há muito mais onde cortar, as lâmpadas já são económicas e toda a gente toma duche, chegou a vez do supermercado. E não, ninguém vai passar fome, muito pelo contrário, se já não se comia mal cá por casa, agora vai-se comer ainda melhor. Acabaram-se os facilitismos dos congelados, caros cumóraio, já preparados e até já cozinhados. A nova norma cá de casa é comer do bom, sempre. Fazer uma pasta não demora mais tempo do que cozinhar uma lasanha congelada no forno. Os doces para o pão passaram a ser caseiros [está um cheiro doce neste momento a perfumar toda a casa]. O momento de preparação das refeições tem agora outro encanto.
Gosto de cozinhar, muito, mesmo. Uma coisa é preparar comida, outra é cozinhar. O meu canto das ervas tem aumentado a olhos vistos e dá-me um gozo tremendo, precisar de manjericão e ir ao vaso em vez de ir ao frigorífico ou aos frascos de ervas secas. E não é só pelo gozo, é pelo sabor e pelo cheiro.
Depois da injecção e da lavagem cerebral que levei ao longo de tanto tempo do Sr. Oliver, cá em casa mudámos para o biológico, votamos no saudável e na mudança de hábitos.
Para já contamos com o apoio dos mais novos, hoje o T. foi comigo às compras e já percebeu a essência da mudança e reparou em pormenores das compras que nunca pensei que reparasse. Está no bom caminho. Anda entusiasmadíssimo com a ideia e gaba a Margherita que comeu ao jantar, feita com a massa que ele próprio ajudou a preparar.
Agora, é deixar acabar o que resta no congelador e ir alterando o interior até à mudança definitiva, ao mesmo tempo e, muito brevemente vamos trocar os yocos por iogurtes caseiros e vai começar a cheirar a pão quente logo pela manhã.
A derradeira vantagem destas alterações todas é o lado educativo que tem, não há melhor do que ver crianças a preferirem o caseiro ao industrial.

mordo-me tantas vezes para não fazer isto, tantas...




[só quem trabalha em open space é que me entende]

mais vale tarde...


Acordar perto dos 40 não é mau. Custa, é certo, mas pior era passar a vida inteira enganado.

2.10.10

eat pray love


Gosto de histórias de amor, já não é novidade, eu sei.
Li o livro há não sei quantos posts atrás. Na altura ajudou-me a perceber e ultrapassar os acontecimentos da minha vida. Tive muita vontade de poder tirar um ano sabático e tratar de mim. Mais de um ano depois de ter lido o livro, hoje vi o filme. Claro que os filmes, para mim, ficam sempre aquém dos livros, pormenores da história que nem são mencionados, a nossa imaginação que é diferente da do realizador, as personagens são diferentes das que criámos na cabeça, mas gostei, principalmente porque agora também vi Roma com outros olhos e percebo melhor a tentação da comida ou a simplicidade de uma Margherita e, claro, as imagens de Bali, nunca são tão bonitas na imaginação como na tela.
Gostei da Júlia Roberts, aliás gosto dela, achei estranho terem escolhido um espanhol para fazer papel de brasileiro, mas rapidamente me habituei à escolha do Javier Barden, até porque há qualquer coisa nos olhos dele [e no cabelo, também] que me lembram a mesma pessoa que viu o filme de mão dada comigo.
Gosto de histórias de amor com finais felizes e a continuação da história já mora na minha mesa de cabeceira.

1.10.10

é oficial

entrei em estado pré. Depois da visita da praxe ao médico e da respectiva luz verde, que está tudo bem, obrigada e recomenda-se, hoje iniciei o famoso folicil.

e porque as sextas para mim não são fáceis

O dia de hoje vai-me dar trabalho que não acaba, mas vou ser tão recompensada com o fim de semana que está à porta que a coisa nem custa.