És a maior melga cá de casa, tiras a paciência a um santo, mas depois olhas para nós com aquele teu ar de quem sabe mais do que o tamanho que tem, que nos desarma por completo.
És doce, meigo, mimocas, cheiras a papa e tens umas bochechas que dá vontade de beijar e apertar. Revolucionaste-nos a vida, habituados que estávamos a um menino bem comportado, desaustinaste tudo e todos com o teu choro que deita a casa a baixo. As tuas birras tiram qualquer um do sério e o teu irmão tem uma paciência que nem consigo descrever, se fosse outro já te tinha dado um piparote que te virava ao contrário e tu não tinhas outro remédio senão parar de lhe bater e morder.
És teimoso como nunca vi igual, não há nada que te distraia de um objectivo, trepas o que houver para trepar e se não houver inventas como fazê-lo, desfazes-te em birras até conseguires levar a tua a avante. Olho para ti e vejo um anjinho, quando te sentas sossegado no sofá a ver o teu irmão a jogar PS2, desde que seja o jogo do McQueen, sim, porque ele tem de jogar o que tu queres senão é uma berraria desgraçada e lá se vai a imagem do anjinho.
És o boneco cá de casa, a miniatura de gente que nos anima com as palhaçadas, sim porque tu sabes que és engraçado e quando estás para aí virado não há quem te pare.
Faz hoje dois anos que ti vi pela primeira vez e apesar das semelhanças a um anão zangado apaixonei-me logo por ti. Parabéns meu amor.