31.10.11

"Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
Antoine de Saint-Exupèry

26.10.11

murro no estômago

Tenho por hábito lidar com os problemas de forma a que se resolvam sem baixas e sem que eu perca o sono. Se há coisa que tira o sono é falta de paz de espírito [vulgo consciência pesada] e para ter insónias já me basta a procura incessante que o meu cérebro faz para arranjar soluções para os problemas que vão surgindo. E, depois, eu até sou daquelas pessoas que não me ponho no caminho de ninguém, adepta fervorosa do Vive e deixa viver e também ajudo como posso quem precisa da minha ajuda, por isso acho que até já merecia um bocadinho de paz [e já agora sorte, também ajudava] em vez de levar um murro no estômago quando ainda estou a tentar perceber como me levanto.

[fartinha de filhos da puta, fartinha! Era mandá-los para Mercúrio, que como diz uma amiga minha, é o mais parecido com o inferno!]

25.10.11

Esperança escreve-se a verde

[na semana passada o mundo não acabou, esta o Sporting ganhou, afinal nem tudo parece perdido]

20.10.11

Aqui o estaminé mais parece uma casa da aldeia na Páscoa, é um corropio de gente a entrar e a sair. Tudo à conta dos links que alminhas queridas da blogoesfera vão fazendo a divulgar a acção. Sim, desenganem-se, que por aqui não há tema que suscite tanta visita a não ser este. Por isso andava aqui a pensar que era bonito postar umas coisinhas sobre a acção, mas a verdade é que não tenho tempo. Entre dar assistência ao M., levar e buscar infantes mais velhos à escola, fazer almoços e jantares, estender e apanhar roupa, manter o espaço que habitamos arrumado e limpo e ainda responder a emails com pedidos de anjinhos, andar com um olho pela blogoesfera a agradecer os links das alminhas queridas, andar com o outro olho na página dos anjinhos no FB... lamento mas não dá para tudo. Não tenho cabeça [e já nem costas] para estar mais tempo sentada a escrever, por isso não me levem a mal, quando a coisa acalmar eu escrevo, para já fica o link para o Post dos anjinhos.

[- ah e tal em vez de tanto idaidaida tinhas escrito mais um post sobre os anjinhos.
Pois tinha, tinha escrito sobre a acção, mas não tinha escrito sobre a loucura que são os meus dias e não me podia queixar das horas e horas sem adultos afogada em anjinhos e infantes. Mas o que conta é o sorriso das crianças, das minhas e das que me vão passando todos os dias pelas mãos em forma de pedidos de presentes]

17.10.11

apertar ainda mais

Não tenho por hábito falar de dinheiro, nem do meu nem do dinheiro dos outros. É um assunto que me chateia, até porque à minha volta, quem mais se queixa é quem menos precisa de se queixar, mas perdoo-lhes, até porque segundo reza o ditado, "quem não chora não mama"e, vai-se a ver a parva sou eu que não me queixo.
Já passei por momentos de crise pessoal e Nacional que, quero pensar, foram bem mais sérias e sobrevivi, por isso desta também vou sobreviver, mas a verdade é que vejo a coisa muito preta para o meu lado. Na semana passada tirei umas horas para me sentar à frente de um excell e fazer continhas à vida. Acabei a coisa lavada em lágrimas [a mama não a vi]. Confesso que o cenário não é nada animador e, pior, não tenho espaço de manobra nenhum, nenhunzinho. Ora isto é muito triste, vinte anos a trabalhar, a tentar ser melhor e mais capaz, vi muita gente passar-me à frente [euros falando] e agora que a coisa se estava a compor, não só tenho uma porrada de despesas extraordinárias, como ainda vem o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal [o jeitão que me dava aquele dinheirinho para contrabalançar as despesas, snif...]. A juntar a isto nem me adianta esquecer-me por um minuto e brindar com champanhe ao ano novo e esperar que corra tudo melhor, porque é mentira. No meu caso não vai correr melhor, porque das duas uma: ou me sai o euromilhões ou recebo um grande aumento [acho mais provável a primeira, mais não seja porque por muito que tenha mostrado nestes quase 12 anos e meio, um ano fora é caso para servir de pretexto e ainda ter de agradecer] . Portanto nem nesta área a coisa me vai correr bem, hei-de ser atolhadinha de trabalho e shiueésequeressenãojásabes. Muito animador o meu panorama num futuro próximo. Com mais uma criança e mais um colégio para pagar, resta-me apertar ainda mais o cinto [até ficar roxinha de falta de ar] e deliciar-me com os meus filhos. Um dia há-de melhorar.

[e sim, eu sei, tenho uma sorte diabólica porque nos tempos que correm tenho trabalho e saúde e por isso ergo as mãozinhas ao céu e agradeço]

14.10.11

chegaram os Anjinhos de Natal


Os anjinhos são crianças desfavorecidas, às quais o Exército de Salvação, com a nossa participação e de colaboradores de muitas empresas ajudam a ter um Natal mais alegre. As crianças mais carenciadas são seleccionadas pelo Exército de Salvação, que faz a pesquisa no terreno junto das famílias mais necessitadas e com o apoio das assistentes sociais nas escolas. Depois de seleccionados os nomes e idades das crianças são colocados num cartão com o pedido da prenda.

O anjinho é o cartão onde vem mencionado a idade e o presente da criança em causa; um brinquedo e um fato de treino para a idade. Todos os anjinhos correspondem a uma criança específica, por esse motivo em todos os presentes deve ser colocado o número correspondente à criança, este número vem mencionado no cartão-anjinho e no email onde recebem a informação.
Quem quiser contribuir pode solicitar o número de anjinhos que pretende através do mail:anjinhos.de.natal@gmail.com, eu enviarei toda a informação do anjinho o mais rápido possível.
Estes pedidos devem ser feitos no máximo até dia 15 de Novembro e a data de entrega dos presentes será feita até ao dia 30 de Novembro nos locais mencionados.
Caso exista algum impedimento para a entrega ser efectuada num destes locais, por favor contactem-me para que se possa arranjar uma solução. Nenhuma criança ficará sem presente devido a problemas logísticos

É muito importante que todos os presentes sejam entregues devidamente identificados e, preferencialmente em caixas, com o número do anjinho bem visível.

Um grande OBRIGADA a todos os que acolherem esta acção


Entregas

Os presentes deverão ser entregues em caixas [preferencialmente] identificadas apenas com o número do anjinho bem visível.

Podem ser entregues presencialmente ou por correio nos seguintes locais:

LISBOA

EXÉRCITO DE SALVAÇÃO
[http://www.exercitodesalvacao.pt/conteudos/SystemPages/page.asp?art_id=1]

Centro Comunitário Central
Rua Escola do Exército nº 11-B,
1150-143 Lisboa
Horário: Segunda a Sexta: 9h-17h

Google map: http://g.co/maps/82c68

CIAL
[http://www.cial.pt/]

Av. da República, 41 -8º Esq
1050-187 Lisboa
[Edifício Nogueira, onde fica o stand da Fiat e Alfa Romeu]
Horário: Segunda a Sexta 9h-17h

Google map: http://g.co/maps/6xwnh


PORTO

EXÉRCITO DE SALVAÇÃO
http://www.exercitodesalvacao.pt/conteudos/SystemPages/page.asp?art_id=1

Centro Comunitário do Porto
Avenida Vasco da Gama, 645 Lj 1-2 Ramalde
4100-491-Porto
Horário: Segunda a Sexta 9h-17h

google map: http://g.co/maps/57n6h

FARO

CIAL
[http://www.cial.pt/]

Rua General Humberto Delgado, 5
8000-355 Faro
[Ao pé do Mercado Municipal]
Horário: Segunda a Sexta 9h-17h

Google map: http://g.co/maps/q2gpe


ALMADA

O SEGREDO DAS FESTAS
[http://www.osegredodasfestas.net/]

Rua D. João De Castro, 84
2800-104 Pragal (Almada)
[(Frente ao SMAS e à PSP do Pragal)]
Horário: Segunda a Sexta 10h-19h30/ Sábados 10h-16h

Google map: http://www.osegredodasfestas.net/1/onde_estamos_251609.html

LOURES

ARTE, SABOR & FESTA
[http://www.artesaborefesta.com/]

Av. Das Descobertas,
Lt 17 Loja 5 Zona Comercial - Infantado,
2670-393 Loures
Horário: Segunda a Sexta 10h - 13h30 / 14h30 – 19h
Sábados 10h-13h

Google map: http://maps.google.com/maps?f=q&source=embed&hl=en&geocode=&q=N38%C2%BA+50.490%E2%80%B2+W9%C2%BA+09.721%E2%80%B2&aq=&sll=35.101934,-95.712891&sspn=41.21977,79.013672&ie=UTF8&ll=38.84183,-9.162061&spn=0.009694,0.01929&t=h&z=14


Data limite de pedido de Anjinhos: 15 de Novembro 2011

Data limite de entrega dos presentes: 30 de Novembro de 2011


acordar e sentir o coração derreter

Por muito que me custe ter o sono interrompido e não saber o que é dormir mais de 4 horas seguidas à mais de um mês, acordar e olhar para o M. faz com que tudo valha a pena. É o meu bebé e, se há quem lhes ache graça quando são maiores, eu adoro esta fase de bebé pequenino, só é pena que passe tão depressa. Está a crescer a olhos vistos e todos os dias são dias de mais uma descoberta.

11.10.11

Outono com cheiro de Verão

Apesar do bom tempo lá fora que convida à boa disposição e às boas energias, tive dois dias para esquecer. Para contrariar a nuvem negra que se instalou mesmo por cima de mim, hoje peguei neles e fomos apanhar ar.
Estendemos a manta na relva, bebemos leites com chocolate em modos de pic-nic improvisado enquanto o mais novo dormia com ar sereno. Ainda tiveram tempo para corridas e jogos de bola. Ao sair de casa ainda voltei atrás para levar um livro, mas o inevitável aconteceu: o livro foi só apanhar ar. Sentada na manta não fiz mais nada senão olhar para os três, dois infantes felizes e um sereno, invejei-lhes o desprendimento de problemas e chatices e limitei-me a respirar o ar com cheiro de eucalipto.

[Às vezes preciso parar e respirar, só respirar]

10.10.11

post-lembrete para não tornar a ir de cara ao chão

Por muito que me tenha acontecido, continuo a tropeçar nas mesmas pedras. É estúpido eu sei, ninguém cai tantas vezes da mesma forma. Eu caio e de cada vez que acontece faço mil e um planos e penso em n medidas para que no futuro não seja apanhada desprevenida. Não me esqueço, mas aparece sempre qualquer coisa que me baralha as contas e lá vou eu de cara ao chão. Não dá! Já não aguento cair assim.
Tenho mesmo de tomar medidas e aplicá-las independentemente de qualquer coisa e nem o pouco espaço de manobra que tenho ao dispor servirá de desculpa para evitar que tudo mude daqui para a frente. A contar a partir de... agora.

9.10.11

um mês de ti

Assim, num ápice, já passou um mês inteirinho. Todos os dias, todas as noites, quase, quase todas as horas de um mês de ti, de nós dois, a conhecermos-nos. E eu a render-me enquanto me apaixono um bocadinho mais por ti.
Um mês inteirinho de ti e pergunto-me como é possível este amor tão imenso aumentar.

6.10.11

aviso: este post pode, eventualmente, chocar as mentes que nunca tiveram um chefe/patrão execrável

O mundo acordou hoje com a notícia da morte de Steve Jobs. No FB não se fala outra coisa, no twitter imagino que seja mais do mesmo e é notícia de destaque por todo o lado que até enjoa. Sim o Sr. era um magnata, foi fundador da tão apetitosa maçã do mundo da informática, and so on, and so on e pasme-se, afinal era humano como as outras pessoas e não conseguiu vencer o tão temível cancro.
Não fico especialmente sensibilizada com a morte dele, ou melhor, não fico nem mais nem menos do que com a morte de um qualquer desconhecido que tenha perecido nas últimas 24 horas. Eu não conhecia a personagem em causa e por muito grandioso que seja o seu legado aos olhos de tantos fãs, também não era personagem que ambicionasse conhecer. O agora herói [depois de mortos aos olhos de alguns somos sempre heróis], era uma besta enquanto patrão. São conhecidas as histórias de funcionários que tinham medo de entrar no elevador com ele, porque à saída podiam não ter emprego. Promovia perseguições internas à custa da espionagem do segredo de novos projectos, tinha explosões de raiva e amedrontava os seus funcionários quando algum discordava dele, chegando mesmo ao ponto de os despedir.
Por isso, lamento, mas não me aquece nem me arrefece, todos os dias morrem pessoas, muitas e, nenhum de nós cá fica para semente. Faz-me muito mais "confusão" pensar nos anónimos que nunca vou saber a história que morreram nas mesmas 24 horas e que concerteza faziam muito mais falta para tornar este mundo melhor do que no "génio" que infernizava a vida a quem trabalhava para ele.

4.10.11

inércia
s. f.
1. Falta de movimento ou de actividade.
2. Preguiça, indolência.
3. Propriedade dos corpos que não podem, de per si, alterar o seu repouso ou o seu movimento.


Um turbilhão de ideias e projectos anda a pairar na minha cabeça, uns novos, outros nem por isso, mas ambos para serem postos em prática. Sou inundada por uma vontade de fazer, de deitar mãos à obra, mas sempre a horas impróprias ou quando o meu corpo já não consegue acompanhar a mente. Nas outras, nas horas em que o cansaço e o cobrador de horas de sono ainda não me bateu à porta sou invadida por uma incapacidade tremenda de me sentar, concentrar e começar a alinhavar. Sei, por experiência, que nestas alturas o que me custa é começar, depois vem tudo por arrasto e dou voltas e voltas até conseguir o que idealizei, mas vencer esta apatia está a ser complicado e, juro, que há alturas em que me esbofeteio psicologicamente, não tanto para vencer inércia que vive em mim, mas porque chego à triste conclusão que tenho medo de ter sucesso. [Sim, parva, eu sei!]
O pior vai ser quando não tiver tempo nem disponibilidade mental para me lançar na loucura, aí, nessa altura, vou andar a dar cabeçadas na parede, claro!