29.11.09

Anjinhos de Natal - Pais Natal, precisam-se!

"Há ainda 40 e tal anjinhos para distribuir e muito pouco tempo."

Ler na íntegra no 100nada

[Aproveito aqui para agradecer, não só a todos os quantos já se chegaram à frente e "adoptaram" um anjinho, mas também à Cat e à Ana que têm feito um trabalho de divulgação fantástico. Sem elas não teríamos já entregues 250 anjinhos, mas a realidade é que ainda faltam 40, por isso este nosso pedido na blogoesfera]

27.11.09

...

[não me lembro do título que queria para este post]

hoje fui tirar um sinal, nada de sério mas também não estava cá a fazer nada. Fez-me alguma confusão, afinal ele sempre cá esteve e tirarem-mo é tirarem um pedacinho de mim, enfim... pelo sim pelo não, lá foi.
Durante o procedimento do deita-na-maca-prepara-a-anestesia-[temos-de-a distrair] uma das médicas reparou numa das minhas tatuagens. Ao princípio fiquei numa de tatuagem-dermatologista, isto não é bom, mas ao que parece a Srª gostava mesmo de tatuagens e quis saber o significado dos caracteres, comecei por lhe dizer o significado dos dois juntos e expliquei-lhe que em separado cada um também tem um significado. Claro que a seguir perguntou-me qual era o de cada um e, de repente, tive uma branca profunda e não me consegui lembrar, no meio de gargalhadas [enquanto me espetavam a porra da agulha para a anestesia local, que dói como o raio, antes uma epidural] lá expliquei que ultimamente o meu neurónio que faz a pesquisa nas bases de dados está de férias e que o sustituto não dá conta do recado [falta-lhe o b se o tivesse fazia o trabalho como deve de ser]. A conversa lá continuou à volta dos meus esquecimentos até à parte em que lhes disse que estava a tomar uns comprimidos para a memória, perguntaram-me se estavam a funcionar com ar irónico, afinal eu acabara de me esquecer duma coisa tão importante como o significado de uma das minhas tatuagens, respondi que achava que sim, olharam para mim, olharam uma para a outra e a minha dermatologista perguntou-me como se chamavam os comprimidos. - Não me lembro.
Gargalhada geral.

[Nunca imaginei que tirar um sinal fosse tão divertido, espero não me esquecer.]

25.11.09

3 passos

"as grandes decisões tomam-se sem se pensar muito nelas"




E podemos andar às voltas sobre o mesmo e, a solução ou o caminho escarrapachado alí mesmo à frente dos nossos olhos, mas teimamos em sentirmo-nos ofuscados com o medo [?] de que seja, senão o único, o melhor caminho para nos sentirmos inteiros. Insistimos em procurar alternativas [perder tempo?] em vez de avançar-mos e receber de braços abertos o que a vida nos dá, que por acaso, só por acaso, até coincide com o que queremos [ou não queremos?].
Então o que fazer para parar de andarmos em círculos sobre a solução?
- Agarrá-la, abrir os olhos para apreciar a viagem e finalmente respirar.

do contra


Enquanto chove lá fora, cá dentro sinto-me a fugir para aqui.

[ou é da falta de horas de sono ou estou mesmo a precisar de férias]

[tenho tanto sono]

Mais uma noite passada entre anjos.

24.11.09

imagem de [que] marca

trabalho nocturno

Todos os anos a cena repete-se, primeiro é a azafama da distribuição dos Anjinhos, pedidos que me chegam de todo o lado, amigos que fazem angariações preciosas [são os meus duendes], dezenas de mails recebidos e enviados, outras dezenas de anjinhos metidos em envelopes, peregrinações pelos departamentos da empresa na tentativa de angariar ainda mais "Pais Natal", depois vem a compra dos presentes, dos meus para os meus anjinhos, dos ocupados do costume que me incubem da tarefa. Compras feitas e carro atolhado de brinquedos e fatos de treino, muitos embrulhos para fazer. Incontáveis viagens de carro a levantar presentes aqui e ali [este ano parece que vou passear até Coimbra]. Carro atolhado e descarregamentos no armazém da empresa. Andar atrás dos esquecidinhos do costume que nas datas marcadas ainda não entregaram os presentes. Verificações para que nenhuma criança fique sem presente [sim, já me sairam uns quantos do bolso]. E depois... depois é olhar para aquele monte enorme de presentes antes de serem carregados para a camioneta, sorrir com vontade, sentir aquele calor que aquece a alma, sentir que valeu a pena, porque mais uma vez consegui dar o meu contributo para um Natal muito mais alegre a estas centenas de crianças.

23.11.09

sonhos

Ver alguém de quem se gosta realizar um sonho é das maiores alegrias que se pode ter, ter consciência que contribui um bocadinho para a realização desse sonho é pegar-lhe ao colo e embalá-lo como se fosse meu.

[Estou feliz por ti, muito.]

19.11.09

promessas

"Eu gostava que prometessemos um ao outro que vamos ficar juntos, que nos vamos amar mesmo quando nos odiarmos, que ninguém foge, aconteça o que acontecer, que vamos cuidar um do outro até sermos velhos e senis e, se um dia eu tiver Alzeimer tu lembras-me todos os dias quem és e o quanto te amo. "

18.11.09

sobre a adopção

(...)pensando no superior interesse da criança interditaria uma mão-cheia de paizinhos heterossexuais com que me fui cruzando vida fora. Gente normalizada, com a cabeça cheia de tralha no sótão, que faz da vida dos outros um inferno e da sua própria um chiqueiro. Não foram educados por homossexuais. Oxalá tivessem sido.

orfã

Esta noite sonhei com a minha mãe. Esta manhã ao lembrar-me [vagamente] do sonho percebi que sei ser mãe, mas que não sei ser filha. Tenho pena, mas se fosse ao contrário estava mais preocupada.

uma questão de luz

Hoje é a última noite nesta casa. Talvez por isso adio a hora de me deitar. Vou descobrindo mais coisas para empacotar e, assim, vou adiando aquele que será o meu último sono dentro destas paredes. A casa não me deixa saudades, desde que para cá vim morar que havia qualquer coisa que não me fazia sentir em casa. Até hoje não percebi o quê. Mas sei que vou ter saudades da varanda, tão aprazivel em noites como a de hoje. Vou ter saudades da varanda dos brinquedos, que permitia que o quarto dos miúdos estivesse sempre arrumado. Vou ter saudades da sala que tantas pessoas queridas albergou em jantares e almoços. Vou ter saudades da cabine de duche, de que tanto me orgulho. Vou ter saudades da cozinha, estudada até ao último detalhe, onde todos insistiam fazer sala. Vou ter saudades de algumas coisas, da casa, por si só, não.
A minha próxima noite em casa será na minha verdadeira casa. Uma casa só minha, apenas em meu nome, sem mais ninguém e sem senhorios. Mais um passo. Mais uma meta que cruzo. Lutei, trabalhei e consegui. A minha única dívida será para com o banco e mais ninguém. Minha!
Esta nova casa, não será apenas uma casa, será um lar, para mim e para os meus filhos. Faço questão de a transformar com todas as ideias que me borbulham na cabeça para que nunca, ao cruzar a porta da entrada sinta que não estou em casa, verdadeiramente.
E irei enchê-la de amigos, como sempre, porque a minha casa é o meu refúgio e os meus amigos têm sempre a porta aberta.


publicado em 15/08/2009

E agora, passados que estão 3 meses, escrevo este post na minha verdadeira casa. Finalmente uma casa que é a minha cara, remodelada em tudo o que senti que precisava de remodelar. Transformada à minha medida. E, tal como esperei, quando abro a porta de casa e vejo o hall amarelo e branco, o chão em madeira e as portas brancas, finalmente sinto-me em casa. O meu ninho foi pintado de cores que me alegram a vida e que me aconchegam. E, finalmente o sonho tornado realidade: portas brancas e chão em madeira até na cozinha. Esta casa é muito mais do que uma casa, é o concretizar de muitas ideias que surgiram ao longo dos anos, ideias que ficaram na gaveta por medo de tentar, por falta de concenso, por uma série de razões. Finalmente saíram da gaveta e, é tão bom, depois da obra acabada, entrar em casa e sentir-me na minha casa.
Por muitas casas onde ainda possa vir a viver esta vai-me ficar sempre cravada na pele. A primeira, completamente à medida, a tela acabada do que há muito imaginava.

[Sim, é a luz, mas é também o ar.]

16.11.09

poder, podia

Até podia escrever sobre a casa de bonecas que conheci no sábado [ e o quanto, mais uma vez , nos acho parecidas na forma como vemos as coisas]. Podia escrever sobre o jantar de sábado, das memórias que se desempoeiraram com a conversa e como é bom recordar como as boas amizades começam. Podia falar do meu fim de semana de sofá e de farmville. Poder, podia, mas está a chover e não me apetece.

13.11.09

alerta sofá

Fim de semana à porta, alerta amarelo que vai estar de chuva. Eu vou estar de sofá e mantinha.

[ele há momentos em que a chuva nem me chateia... evolução]

12.11.09

Facebook vs blogs - post dedicado

Eu gosto do FB, eu estou no FB, mas hoje ao percorrer os meus fios em ligação directa e os meus fios em contacto tive saudades das noites [e tantas madrugadas] em que ia saltando de blog em blog, comentando aqui e ali, despertando até quem estava muito entretido a jogar Loops of zen. Foram muitas noites de trocas de comentos e posts postados a altas horas. Havia prémios para ganhar e para atribuir. Movimentava-me numa teia de blogs em que quase todos comentavam uns nos outros. Tive lições de economia sobre a crise e abafei muitas gargalhadas para não acordar os infantes que dormiam no quarto ao lado.
Perdoem-me os meus bloggers favoritos transformados em agricultores, donos de cafés e naufragos de ilhas paradisíacas, mas tenho saudades dos velhos tempos em que a ordem em que apareciam na minha lista de favoritos nunca se mantinha a mesma a cada refresh nocturno. Por causa dos blogs e do que vocês escreviam conheci-vos muito antes de vos conhecer. Foram das melhores surpresas que tive o prazer de ter, conhecer-vos. Agora olho para os blogs inalterados dias a fio como se fossem o banco de jardim deitado ao abandono onde em tempos, quando ainda a tinta estava intacta, aquele miúdo giro pegou na minha mão e me fez suspirar.


chefiar

Nunca desejei ser chefe de ninguém. Até há uns meses atrás tinha uma vidinha santa. Não havia mais ninguém com a minha função, por isso não havia competições nem comparações. A relação com o meu chefe é muito boa e abaixo de mim não havia ninguém. Fazia o meu trabalho e quando saía do emprego apenas tinha de me preocupar com o que eu fizera ou não. Depois baralharam-me o esquema e atribuiram-me a categoria de chefe. Chefio uma equipa de oito pessoas, assim, de um dia para o outro, quando saio do emprego, além do meu trabalho ainda tenho de me preocupar com o trabalho de oito pessoas, com o que fazem ou deixam por fazer, com a qualidade do próprio trabalho, com a competência de cada uma para a execução de tarefa A ou B, tenho de me preocupar com as faltas, os atrasos, a redistribuição do trabalho, policiar se está feito ou não. Não é fácil. Facilita em muito eu ter tido as mesmas tarefas que aquelas que chefio durante anos, dificilmente me atiram areia para os olhos. Mas os tempos são outros, o grau de exigência que tiveram comigo e que profissionalmente me fez crescer é completamente diferente do grau de exigência adoptado de há uns anos para cá. Essa mudança de atitude fez com que se criassem vícios e que algumas pessoas cultivassem uma falta de brio profissional que é essencial para prestar um bom serviço. O vento mudou de direcção novamente com as alterações que implementei, nada de mais, é muito fácil criticar outros e quando chega a nossa vez cometermos os mesmos erros. É contra essa escorregadela que travo lutas comigo mesma.
Já tive de tomar posições muito pouco politicamente correctas, mas não me podem pedir responsabilidades por ter de tomar decisões [ou pior, não tomar decisões] apenas porque alguém acima não vai gostar do que tenho para dizer, por isso digo-o, emito as minhas opiniões devidamente fundamentadas e mais cedo ou mais tarde por um assunto ou outro oiço "tinhas razão".
Até agora, com mais ou menos dores de cabeça tenho levado a água ao meu moinho, sentem-se sinais de mudança na atitude de algumas pessoas, o ambiente está mais respirável e tenho conseguido ser justa para com as pessoas, algo que considero fundamental.
Mas, infelizmente, nem tudo são rosas, e ter de cortar as pernas a alguém que tem demonstrado um empenho de louvar, custa-me, custa-me muito. Por muito válidas que sejam as razões que me obrigam a ter tal atitude, entram em conflito com o meu sentido de justiça e nestes dias, posso não me sentir a pior pessoa do mundo, mas não faz, sequer, com que sinta que estou a fazer um bom trabalho. Tenho muita pena.


10.11.09

encaixes perfeitos

Tenho aprendido ao longo da vida que não há relações perfeitas, se as pessoas não o são, dificilmente haverá um resultado perfeito quando se juntam numa relação, seja ela qual fôr. Acredito que existem encaixes perfeitos, isso é outra história. Pessoa que moldada com a sua forma, perfeitamente indistinta de qualquer outro ser, algures existirá uma outra alminha com quem encaixe na perfeição. Este encaixe, no meu ponto de vista, pressupõe complemento. Duas pessoas encaixam e complementam-se. Acredito. Mas eu também acredito em histórias de amor por isso não sou fonte fidedigna para o assunto. Adiante.
Acredito em encaixes perfeitos, mas a vida também me ensinou que de nada vale usar abafadores, a minha avó usou um toda a vida, tinha forma de bicho [não me lembro qual] e servia para tapar o bule do chá e mantê-lo quente. Usou um também no seu casamento. Um abafador num casamento pode dar muito jeito mas não resolve nada, com ou sem abafador o chá arrefece, mais cedo ou mais tarde. Eu também usei um abafador, não no chá, que não gosto, bebo, mas a minha praia é o café, que se quer bebido logo depois de servido sem abafadores porque não há cá folhinhas para abrir. [Isto dava um tema de estudo...]. Voltando ao abafador e ao casamento; usar um abafador no casamento é para mim a melhor forma de dizer que se está nele exactamente a fazer mesmo que os três macacos fazem na minha estante, não se ouve o que não se quer ouvir, não se diz o que se tem vontade de dizer e não se vê o que não se quer mesmo que esteja à frente dos nossos olhinhos. E assim, temos o casamento cor-de-rosa, a suprema história de amor. Ninguém se chateia, ninguém discute e vai-se engolindo a seco tudo o que houver a engolir.
Eu tive uma relação assim. Não discutíamos porque não havia nada para discutir. Também não dizia o que tinha para dizer, umas vezes apenas porque não me apetecia, outras porque era tão fora do contexto que se ia perder na conversa, outras ainda, pelo medo de ser julgada. Fingi muitas vezes que estava tudo bem, que nada se passava enquanto sentia o meu mundo desmoronar. Se o dia no emprego tinha corrido mal, qualquer assunto do outro lado era mais importante do que o meu, por isso calava-me, e também me calava porque não havia entendimento, a verdade é essa, nós se falássemos, não nos entendíamos. Por isso fomos falsos felizes até ao dia em que já não havia nada. Tarde de mais.
História de amor, encaixe perfeito ou apenas encaixe é preciso sintonia. Não precisamos gostar todos do mesmo, não é preciso ter os mesmos temas de conversa, não é preciso... tanta coisa que não é preciso, quando apenas é preciso sintonia. Sintonia no tempo e na forma. Sem isso seremos falsos felizes até ao dia em que acaba.


9.11.09

de molho

No rescaldo da inauguração oficial da nossa nova casa(*), sobrou-nos um Domingo enterrados no sofá, eu e o A. com uma crise de rinite que não lembra. Por aqui continuamos de molho e sem vontade de nos mexermos.

(*) opiniões unanimes: está muito gira e esta tem uma "luz" diferente.

2.11.09

coração de Leão


Desde que me lembro de ser gente que me lembro que o meu tio é doente pelo Sporting. Claro que com um doente em casa eu só podia ter iniciado as minhas lides de ginasta no Sporting e pela mesma razão, aprendi a nadar na já desactivada piscina do Campo Grande. Lembro-me de ver muitas vezes o sr. que cobrava as quotas especado lá à porta enquanto a minha avó ia buscar o porta moedas. Sócios, éramos 3, eu , o doente e a minha mãe que na altura fazia umas ginásticas de manutenção. Depois fui para o Colégio, onde tinha aulas de educação física de duas horas duas vezes por semana, incluíam ginástica e natação. Durante uns tempos ainda me mantive no Sporting mas acabei por abandonar depois de uma lesão numa preparação de um sarau [Graças a Deus que eu não tinha pachorra para saraus.] Mas mesmo tendo deixado de ser ginasta do Sporting o bichinho verde e branco ficou. Ao longo da minha vida fui seguindo mais ou menos de perto os amargos de boca e as alegrias [estas infeizmente em menor número]. Umas épocas papo os jogos todos e até vou ao estádio outras parece que ando a leste do paraíso, como é o caso esta época.
De qualquer forma e, este ano não conta que eu ando a leste do paraíso em muita coisa, a verdade é que desde que o Paulo Bento é treinador da equipa que sigo muito mais atentamente o Sporting. Gozem com a traquilidade dele, com o cabelo, com o que quiserem, mas eu gosto dele e pronto. Sim! Gosto! Foi por causa dele que me fiz sócia novamente. É por acreditar nele que continuo a pagar quotas e se o tiram de lá deixo de as pagar em três tempos.
Infelizmente hoje sinto-me envergonhada por ser Sportinguista e não tem a ver com o empate, que até podia ter sido derrota, isso não me envergonha. O que me envergonha são cenas como as que aconteceram no estádio. Pessoas [arruaceiros, desocupados e frustados de pila pequena] a quererem agredir os jogadores e o treinador. Não gostam, não vão. Querem-se manifestar contra o clube? Vão ao estádio, mas não entrem, fiquem do lado de fora civilizadamente em sinal de protesto, deixem as bancadas às moscas. Agressão, não!
Quanto às claques, existem para apoiar as equipas, têm acessos facilitados e condições especiais, mesmo que a equipa esteja a levar uma abada têm obrigatoriamente de continuar a torcer, têm de aplaudir no final, não são adeptos, são claque.