30.10.09

29.10.09

ligar o complicómetro

Ultimamente tem-me assaltado uma ideia e, apesar dessa ideia me complicar ainda [muito] mais a minha vidinha, agrada-me. Veremos.


27.10.09

Ele e a capoeira

Feliz porque conseguiu fazer a "ponte" e já consegue fazer o "pino". Orgulhoso de conseguir fazer o nó do cinto. Vaidoso-envergonhado com a alcunha: Ligeirinho.

[eu, ando babada com as proezas mas passa-me logo que o veja dar um mortal e aí passo ao estado aterrorizada]

saudades

dos almoços Lipstick Jungle

E lá estava eu, no sítio combinado, a ligar-lhe para saber onde ela estava, quando me aparece ele pela frente. [E que saudades que já não o via há tanto tempo]. E finalmente encontramo-nos, os três e, ela e ele conheceram-se, finalmente. E sentimos os três que nos conhecemos desde sempre. E decidimos onde vamos almoçar. E estamos os três de acordo. E nós as duas, [que afinal somos apenas uma], fazemos dele gato-sapato [ele reclama, mas gosta]. E falamos das nossas coisas, daquelas que não assumimos a mais ninguém. E brincamos e rimos, uns dos outros e de nós próprios. E vamos fumar um cigarro, porque nenhum de nós ultrapassou a fase oral [mais uma em comum]. E temos que ir embora, porque uma tem uma revista para pôr nas bancas e ele um filme para produzir e a outra uma colecção para desenhar. E beijos, até já.
E eu quero mais almoços assim.


"E lá estava eu, no sítio combinado. Estava ao telefone ali mesmo à minha frente. Caramba que saudades, e está gira que se farta. Quem sabe no meu próximo filme. Aposto que aceita. Vamos lá quero conhecê-la. Degraus e degraus, lá está ela, e diabos me levem se aqueles olhos existem. Conhecemo-nos enfim, bate tão certo. Restaurante escolhido, fazem-me de gato sapato e eu finjo que não gosto. Gosto da cumplicidade entre elas, e da que nasce a três assim genuína e saboreada. Soltam-se risos e conversas, e (re)descobrimo-nos aos poucos. Que querem que faça, estão tão juntas na minha zona de afectos, daqueles que nem vale a pena disfarçar. Café e cigarros e outras conversas, quase sérias por vezes. Voltamos, de encantos rendidos (será que gostou de mim?) ao dia a dia. A minha produção, a revista de uma e a colecção de outra. E aqueles olhos, que nem sei se existem… no meu próximo filme. E eu quero mais almoços assim."

"E lá estava eu no sítio combinado. Aparecem os dois [ena, o tipo é alto...], chama-me parva com um sorriso maroto. Boa. Não se intimida. Posso baixar as defesas. É cá dos meus. Restaurante em concordância, lá vamos nós. Afinal não altera nada. Dar um rosto a alguém que nos liga na noite de Natal, que nos conta a vida, que nos protege ao negar uma realidade que nada muda o nosso estado não altera nada.
E é tudo tão simples, Tudo tão fluído. Os risos e as confidências e o bife e as meias palavras que não precisam de continuar porque o outro já entendeu, a falta de necessidade de agradar porque já nos conhecem, já gostam, já sabem, já tudo.
E o tempo aqui é contado não por dias mas por situações. Por estar ao lado quando necessário. Pelo comer das passas à meia-noite. Pelo pensar no terceiro quando ele nos falta. E eu, que os conheci com as mãos frias, saí deste almoço com o coração bem quente.
E eu quero mais almoços assim."

26.10.09

noites de Outubrão

E enquanto o Novembro se ensaia para nos bater à porta, cá estamos no alpendre da casa branca com risca azul e portadas vermelhas sangue de boi. Não se ouvem grilos nem cigarras, foram enganados no calendário. O céu está estrelado, as folhas das árvores podiam ser estátuas e o café teima em arrefecer na chávena. Estamos em Outubro, quase quase em Novembro.

será que dava

para voltarem a pôr os relógios como estavam?


23.10.09

há sempre um lado bom

Depois de finalmente termos a conversa do Pai Natal e, quando eu esperava ver a desilusão espantada no rosto salta com a pergunta:
- E vou contigo comprar os presentes?

[espírito prático... tão parecido com a maezinha]


21.10.09

o fim do mito [parte I]

- Mamã, o Pai Natal existe?
- Falamos quando o A. não estiver aqui.
- Mas existe ou não?
- Shiu, falamos depois.

[Feita a pergunta assim directamente lá vou eu ter de desfazer o mito e contar-lhe a verdade com a condição que mantenha a história para o irmão. Crescido. Está muito crescido.]


sinto-me tão mãe

Hoje o T. disse-me que tinha saudades dos meus cozinhados e pediu-me que lhe fizesse um bolo quando tivesse forno.
Hoje à meia noite e vinte terminei de fazer a bainha das calças da capoeira para o treino de amanhã.

19.10.09

...

e depois de um fim de semana do melhor a semana até começou bem. Trabalho novo [ou quase], os infantes de volta ao ninho, o T. entusiasmadíssimo com o equipamento novo de capoeira e mais ainda com os pinos, as rodas e as cambalhotas [o miúdo tem jeito, diz o mestre], a minha cozinha ganha forma e as paredes verdes saltam à vista [o T. hoje perguntou-me se iamos ficar com a casa às cores. - claro que vamos!]. E não tarda estamos a enchê-la com as cores dos nossos amigos.


16.10.09

factos

O plágio é um roubo.
Plagiar não significa copiar tudo , tim tim por tim tim, basta copiar uma frase, uma ideia um modo de querer estar.
Já senti querer ser como alguém [a quem não aconteceu?] mas daí a copiar... nã... uma cópia é sempre uma cópia e o original será sempre mais valioso que a cópia. Uma cópia terá sempre um valor mais baixo, faça-se o que se fizer, algures uma palavra, um gesto põe a nú a falta de essência.
Ser copiada não me lisonjeia, mas também não me fere, lamento, apenas.

15.10.09

saudades

do batido de chocolate do Mc Donalds.

- Será que um movimento no FB e no Twitter faz voltar os batidos ao Mc Donalds?

[não sei porque carga d'água me lembrei disto hoje, mas deixou-me a salivar]

Quem não tem cão caça com o Magalhães II

Há uns tempos atrás pedi emprestado o Magalhães ao T. para poder tratar da quinta e para aceder ao blog porque o meu pc estava com um achaque. Na altura houve alguém que me gozou por isso. Não deixa de ser engraçado ver quem me gozou ir pedir o Magalhães ao T. para aceder ao Ebay.
Existe um pássaro na selva que quando canta ouve-se "cá calharás".

11.10.09

domingo

Nada como um Domingo para expulsar o pó cá de casa [estou quase a encher a banheira com água e a enfiar lá os brinquedos dos infantes].


10.10.09

não deixa de ser engraçado

[foto:TVI24.iol]
ver o Liedson ser aplaudido na Luz.



A Portuguesa

Não sei porquê, mas sempro que oiço o hino fico toda arrepiada.

do contra

Não tenho cozinha. Não tenho mesmo! A minha cozinha é uma assoalhada com um frigorífico, uma arca, máquina de lavar loiça e máquina da roupa com um microondas por cima. Não tenho armários [o que torna a decoração da minha sala muito sui generis com loiça por todo o lado], não tenho forno e muito menos placa [mesmo que tivesse não tinha armário para a pôr]. Não tenho cozinha nem como cozinhar, mas é só o que me apetece, cozinhar. Estou a pensar seriamente que os jantares das quinzenas se vão manter na minha casa durante algum tempo, tenha eu a cozinha pronta. Preciso de cheiro de comida nesta casa.

[E sobremesas? A vontade que tenho de fazer doces...]


não há condições

depois de uma semana em que me andei a arrastar, ser acordada às 8h30 de um sábado por causa das obras, não tá fácil.

9.10.09

e se...

os filtros do ar condicionado pudessem ser embebidos em soro da verdade?

Ocorreu-me! Hoje, tive um dia tão bom, mas tão bom, que ainda o dia ia a meio e ocorreram-me imagens muito interessantes do sítio onde trabalho caso fosse "infestado" pelo soro da verdade, mas assim numa dose porreira, uma dose em que nem era preciso perguntar nada, os pensamentos não eram filtrados, mas verbalizados tal qual como veem à cabeça.

Achei gira a imagem, não me importava. Mas mais giro ainda, era quando passasse o efeito as pessoas lembrarem-se do que disseram. Isso sim, no mínimo hilariante.

[imaginar que está toda a gente nua nos dias difíceis já não resulta, preciso de algo mais forte, assim tipo diarreia mental]

O capuchinho vermelho [versão actualizada]

Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver?
E então disse-lhe:
- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola!
Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod...
É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:
- Yoo, tá td? Dd tc?
- Tásse... do gueto alí! E tu... tásse? - disse a pita
- Yah! E atão, q se faz?
- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!
- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?
- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata...
- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.
- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!
E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver? Manda um toque na porta, a velha "quem é e o camano" e ele "ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...". A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda... Mas mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos...
O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver?
A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.
- Basa aí cá pa dentro! - grita o dog.
- Yo velhita, tásse?
- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa...
- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí...
- Bacano, pa ver se trato esta cena.
- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?
- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?
- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?
- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?
- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?
- É PA CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!
E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo alí, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha. Ina man, e a malta a gregoriar-se toda!!!
E prontes, já tá...

[recebido por email]

8.10.09

[breves]

A casa do Nemo continua em obras.
Eu continuo a viver no meio do pó.
O T. acha muita graça à cozinha destruída [sim, estou a viver numa casa sem cozinha com duas crianças].
Agora faço café na sala.
Os meus sofás estão brancos.
A pilha de roupa para passar tem vida própria.
O A. diz que os carros têm pó.
O w.c. ficou um espectáculo.
A sala já tem cor.

Resumindo, a casa fica um espectáculo, mal saia a brigada da destruição e entre a brigada da limpeza.

[Está quase! Está quase! Está quase! Está quase!]


4.10.09

ausência de sinal

Ao ver a minha televisão a funcionar percebi que também eu, na vida, funciono com temporizador. A minha televisão ao perder o sinal cabo, activa o temporizador e ao fim de x tempo entra em stand-by. Descobri que também eu, até certo ponto, funciono com temporizador. Durante as emissões quando o sinal falha busco pacientemente que volte [pacientemente, talvez não seja a palavra mais correcta, que eu de paciente tenho pouco, mas busco], ao final de x tempo entro em stand-by.

dúvidas

Estou numa caixa do Ikea a arrumar as coisas no saco, o A., cheio de sono, toca-me na perna:

"- És a minha mamã?"


1.10.09

alguma coisa devo andar a fazer bem feita

A pediatra dos meus filhos: "- Os seus filhos deviam ser estudados. Hoje em dia não é normal ver crianças com um historial clínico como o deles. O sistema imunitário deles é muito invulgar. Não sei o que anda a fazer, mas o que quer que seja, anda a fazer muito bem feito."

[retiro a parte de mãe desnaturada do post abaixo]