Caixa dos fios

31.3.09

Não é falta de tempo, são os dias demasiados cheios

e não faço os telefonemas que quero, continuo com uma resposta a um mail-post pendente, não ligo o messenger, não sei o que se passa no FB, não respondo aos comentos e muito menos posto, mas o pior é que não sei quando vai passar.
[desculpem]

28.3.09

Gostar de [quem gosta de] nós


É a frase "gosto de ti" que se ouve de quem não tem receio de dizer que gosta de nós. É a caixa de entrada de sms onde não se apagam sms recebidas de pessoas diferentes a dizer que gostam de nós. É um mail-post que se recebe e onde se percebe sem sombra de dúvida o quanto nos querem bem, o quanto gostam de nós. É sentir no abraço, nas palavras, no olhar, na voz. É saber que estão lá, perto ou longe, estão. Podemos concordar ou discordar, mas gostam de nós.
"Gosto de ti", dito assim, directamente, sentido e saído do aparente nada, não é fácil de pronunciar, as palavras parece que se enrolam por entre a língua, soa a despropositado. Não há maior disparate do que não dizer ou mostrar o quanto se gosta de alguém. Por isso digo-o, por isso oiço-o.
E é tão bom, gostar de quem gosta de nós.

é hoje!

25.3.09

O meu primeiro Amigo

Às vezes lembro-me da fotografia a preto e branco. Ele de jardineiras e t-shirt, eu com um vestidinho piroso. Em comum, as botas ortopédicas e horas infindáveis de brincadeira. Ele tinha uma corneta na mão e eu um barco [ou seria ao contrário?], ambos de plástico oferta da escola na festa de final do ano.
Éramos os melhores amigos, conhecemo-nos com três anos, separámo-nos aos seis. Tinha uma irmã mais nova, também ela Ana. Brincávamos sempre juntos e juntos defendíamos a Ana pequenina, juntos estragávamos as botas ortopédicas com o leite dos figos, trepávamos a tudo o que havia para trepar. Os nossos lugares à mesa eram ao lado um do outro, quer fosse para comer ou para fazer trabalhos, durante a sesta as nossas camas também estavam ao lado uma da outra.
Foi o meu primeiro amigo, lembro-me dele de tempos a tempos, mas lembro-me. Por vezes pergunto-me como estará, como será?
O Nuno fez ontem 35 anos, ao final de 29 anos ainda me lembro dele no dia 24 de Março. Lembrar-se-á ele de mim?

um destes dias

dá-me uma travadinha e mudo de vida.

[até tenho medo de mim mesma, quando começo a pensar muito no mesmo]

22.3.09

tardes [boas] de domingo

Londres - o post que faltava


Viajar sozinha para outro país foi coisa que nunca tinha feito. Por um lado há toda uma nova experiência, estou sempre de acordo comigo mesma quanto aos sítios a ir, como ir, a que horas ir. Ninguém acha que eu estou com pressa ou que me estou a atrasar, posso gastar o tempo como quiser, entrar nas lojas que quero sem a pressão de que estou a dar uma seca em alguém. Também não tenho de esperar por ninguém e ninguém me dá secas. Sim a independência é muito boa. Por outro lado falta ali alguém ao lado com quem partilhar o que se vai vendo, que nos chama a atenção para algo que nos passou ou que verbaliza exactamente a mesma observação mas que não tive tempo de dizer.
A minha viagem a Londres foi um arejo de que estava a precisar. Fui muitíssimo bem recebida por quem me abriu as portas de sua casa e me pôs à vontade [e se me senti em casa].
Sim, faltou-me companhia, gosto de momentos a sós, mas não gosto de me sentir sozinha e houve alturas em que me senti enquanto vagueva à descoberta da cidade.
A viagem valeu, mais do que ter conhecido Londres, valeu pelas pessoas que conheci, pela amizade que nasceu, pela partilha de histórias da vida de cada uma, pelas conversas na varanda acompanhadas de cigarros.
E esta será, sem dúvida, a imagem que guardarei para sempre da minha primeira visita a Londres.

rotinas

e os nossos jantares que entraram na rotina dos dias sabem-me sempre tão bem.

20.3.09

de Londres VI






[fotos da praxe]

de Londres V






[fotos da praxe]

de Londres IV






[sinais]

experiências II


e do forno saiu um pão bem bom [!!!]

de Londres III




[um pé em cada metade do mundo]

de Londres II





[vício]

de Londres I

[Mr. Squirrel]

experiências I

Teoricamente tenho massa de pão a assar, falta saber o que vai sair do forno [...]

rendo-me

[também quero uma!!!]

reencontros

Foi com um abraço, assim daqueles com impulso que me desiquilibra, que o A. me recebeu, sorriso de orelha a orelha e um bichanar no ouvido: - Mamãã... Tão bom, tão crescido que o achei, tão feliz por me ver. Seguimos para a recolha seguinte, tinha acabado de tocar, era o fim do intervalo antes da música e da ginástica, vinha a subir a escada, correu para mim e saltou-me para o colo. Sim, sou lamechas, senti os olhos inundados, mas aguentei-me. Abracei-o com força e disse-lhe: -Tive tantas saudades tuas, meu amor. E tive, verdade que as senti mais quando os vi, mas tive. Metemo-nos no carro e rumámos aos jardins de Belém. Muita conversa, conto-me todas as novidades que se atropelavam e disse-me que estava cheio de saudades. Fez-me perguntas sobre a viagem e contou-me a história de D. Afonso Henriques por causa do teatro que foi ver.
Em Belém, parámos no Starbucks [viciada, eu sei... mas há coisas piores] e foram jogar à bola enquanto observava cada cêntimetro que cresceram nestes dias.

Londres - Lisboa

O meridiano de Greenwich nunca foi mais do que uma linha imaginária. Lembro-me das aulas de Geografia. Ter ali aos meus pés tão célebre linha tem o seu quê de inexplicável.

E foi assim, a última manhã passada em Londres, muita conversa enquanto cruzávamos os jardins da universidade, os músculos das pernas a acusarem a subida para ver a linha [talvez mais famosa do mundo], a descida bem mais fácil feita por entre disparos de fotografias, um hamburguer mal servido num Mc Donalds, mas sempre muita conversa e muitas histórias partilhadas.

A tarde foi de caminho para o aeroporto e como não podia sair de Londres sem mais precalços, o underground ficou parado minutos suficientes para me obrigar a fazer contas de cabeça e ponderar se conseguiria chegar a tempo ao avião. Underground a andar novamente e despeço-me do Starbucks em London Bridge com mais um cappuccino. Meia-hora de comboio e fila imensa para o Check-in, valeu-me a Easy-Jet, acelerar o dos voos iminentes e assim poupei meia fila. Seguiu-se a passagem pela segurança em que agradeci ter por hábito usar meias com bom aspecto, porque não é simpático ter de andar uns metros descalça no aeroporto, o sr. que ia à minha frente não se pôde gabar do mesmo, a batata no dedo grande do pé esquerdo já pedia uma viagem até ao lixo.
Meia hora para fazer as últimas compras e ia ficando em terra, porque quando sai do free-shop e olhei para o quadro até saltei quando vi "flight closed". Corri como há muito não corria mas lá consegui enfiar-me no avião.

Mas a viagem estava destinada a correr bem e até as malas entraram no tapete em velocidade cruzeiro.
Para melhorar ainda mais uma chegada que se previa solitária e sem ninguém à espera, lá estava uma cara amiga para me dar boleia até ao meu carro, estratégicamente estacionado perto do aeroporto.

E conduzir? Tão bem que me soube conduzir até casa. Quando fiz os primeiros km senti-me capaz de conduzir toda a noite.

18.3.09

Factos sobre meteorologia II

O sol cá continua.

Londres [dia 4]

Vi a London Bridge e a Tower of London, mas do que eu gostei mesmo foi do sol, dos cigarros fumados e da conversa na esplanada do Starbucks. Depois almoçamos uma batata recheada em Covent Garden [onde me esforcei para fazer boa figura a fazer o pedido e afinal o empregado até era português, mas "alguém", com a conversa, esqueceu-se de me avisar]. Para agitar o dia, nada como um stress com as horas e a linha do underground interrompida. Nervoso miudinho disfarçado com muitas gargalhadas à conta dos disparates que íamos debitando. Conclusão: Lei de Murphy, se algo puder correr mal, corre mal [ou qualquer coisa parecida]. Aliviado o stress e fazemos um ensaio de sessão de fotos no parque alternando com uns chutos na bola. Estava uma luz fantástica, é um facto.
Amanhã temos mais um bocadinho e cada uma vai ficar com metade do mundo.

Incêndio

Juro que não fui eu! [eu apago sempre muito bem os meus cigarros]

Repeat

Hoje por causa de uma [ou muitas conversas] reli por alto o fios enquanto procurava dois posts, alguns reli com a devida atenção. Deu-me que pensar.

17.3.09

Mr. Squirrel

Nas minhas deambulações por Londres acabei a almoçar em St. Jame's Park. Comprei uma sandes e um sumo num quiosque e sentei-me na relva a comer até aparecer a minha companhia. Na primeira dentada na sandes senti algo ao meu lado, olhei de soslaio porque o parque está cheio de pombos e, eu odeio ratos com asas, para meu espanto, lá estava ele, apoiado nas patas traseiras e a olhar para mim, ali a um palmo. Derreti-me, adoro esquilos. Com cuidado tirei um bocadinho de pão e atirei-lhe, ele agarrou, comeu e voltou à posição inicial a pedir mais. Como é óbvio convidei Mr. Squirrel para almoçar comigo e assim partilhámos uma sandes de ovo carregadinha de maionese, mas ele não se queixou e eu adorei a companhia.

Factos sobre meteorologia I

Sim, trouxe sol na bagagem. Têm estado uns dias lindos, claro que a temperatura não se compara, mas também não está frio. Obrigada S. Pedro [ou será St. Peter??]

16.3.09

Mudanças

Pois que parece oficial, bastaram-me dois dias e fui rebaptizada. A partir de agora deixei de ser Ana e passei a chamar-me Sofia. [Podia ser pior].

Factos sobre os habitantes de Londres

- Ouvem-se as mais variadas línguas.
- As inglesas andam com as unhas pintadas, mal arranjadas e a descascar [nojo]
- As inglesas, gordas ou magras andam com mini-saias que parecem cintos
- Não respeitam filas, é mais tudo ao molho e fé em Deus

15.3.09

Londres [dia 1]

Andei kilometros, mesmo!! O metro já não tem segredos para mim. Comecei pelo mercado de Camden Town, cheiinho de gente. Catacumbas e catacumbas para descobrir. Comida à venda que não acabava. Havia de tudo para todos os gostos. Deu-me para o chinês.
Quando cheguei ao metro estava fechado por causa das obras, sem olhar para o mapa continuei a andar, passados 3 km, mais coisa menos coisa vi um autocarro para Oxford Circus. Quando saí do autocarro dei de caras com a Starbucks e lá me sentei na esplanada a beber um cappuccino. Repostas que estavam as reservas de cafeína percorri Oxford Circus até Piccadilly Circus. Tirei a foto da praxe [eu hoje não estava muito inspirada para a fotografia] e enfiei-me no metro até Nothing Hill. Percorri a zona toda, aqui bem mais calma do que em Camden. Entrei nas lojas quase todas, mas infelizmente não me apareceu um Hugh Grant pela frente [ ;) ]. Estive a um passinho de experimentar um crepe com Nuttela, mas desisti devido à fila [continuo a achar que mais vale continuar na ignorância em relação à coisa ou ainda me desgraço]. Mas o crepe ficou-me no goto e fui a pé até Bayswater à procura de crepes. Comi um com chocolate e vim para casa estourada. Só não sei se fiz mais km na rua se a descer e a subir escadas de metro.

Londres [a chegada]

Claro que me perdi, quer dizer, não me perdi, não saí foi na estação de comboio certa. Mas cheguei e estavam à minha espera conforme combinado. Conversa, muita conversa logo à chegada e deitei-me tardíssimo, valeu-me a hora e meia que dormi no avião apesar do bebé que vinha do outro lado do corredor a chorar incessantemente. Venceu o cansaço.

Post em atraso [a melhor festa de anos]

Ainda bem que a minha casa é grande. E juro que se lá ficasse a viver deitava a parede que separa a cozinha da sala a baixo. Que nos jantares "regulares" se enfiem todos na cozinha, vá... agora 16 adultos enfiados na cozinha é dose.
Mas foi, sem dúvida, o melhor aniversário de sempre. Estavam lá todos [com a excepção que justifica a regra, obviamente]. Os amigos que estão sempre presentes, os amigos que estão presentes de tempos a tempos, os amigos que se conhecem mesmo sem conhecer.
Foi mesmo o melhor de sempre.

12.3.09

meteorologia

Lisboa céu limpo 25º de máx. 12º de mín.
Londres céu muito nublado 13º de máx. 7º de mín.

[os senhores da alfândega também chateiam se levar sol e calor na bagagem???]

tá quase [só falta o quase...]

Mais duas horas e um dia de trabalho [o de amanhã promete!!], um jantar cheio de amigos e de filhos, uma manhã para preparar a mala e deixar tudo em ordem e aí vou eu até terras de sua Majestade!!!

30 anos de Rádio Comercial

Sou fã da Rádio Comercial desde que tenho carro. Há anos que o meu trajecto matinal de carro é feito ao som do programa da manhã. [Excepção feita para o período em que o Pedro Ribeiro se mudou para o Rádio Clube e eu fui atrás].
Lembro-me das gargalhadas com o Homem que mordeu o cão, lembro-me da voz de felicidade do Pedro com o nascimento da Mafaldinha, lembro-me das músicas para sonhar e da minha emoção ao ouvir uma música da Turma do Balão Mágico porque eu tinha enviado o cd para o Pedro. Lembro-me de ficar feliz por ele quando foi promovido.
São muitos anos a "acordar" com as vozes do programa e, até pode parecer estúpido, mas para mim, o Pedro é daquelas pessoas que se conhece sem conhecer de facto. Gosto da voz, gosto do humor, da simplicidade [não gosto que seja benfiquista, mas não há ninguém perfeito].
Perdoem-me todos os que trabalham na Rádio Comercial, porque tenho consciência que é uma equipa muito mais vasta do que a que se ouve no rádio que faz com que eu oiça o Pedro Ribeiro de manhã, mas para mim, a Rádio Comercial sem ele é só mais uma rádio.
[Parabéns Rádio Comercial, Obrigada Pedro pelas manhãs]

congestionamento

Pois que ontem à noite não consegui aceder à net. Deve andar tudo a entregar o IRS... eu também queria.

10.3.09

35

Olho para o meu reflexo no espelho. Estão ali, mesmo à minha frente, rugas de expressão. Ganhei-as todas no último ano, quando dei por elas, já estavam comodamente instaladas à volta dos meus olhos. Olho para o meu reflexo no espelho e custa-me a crer que tenho 35 anos. Lembro-me de ser miúda e pensar que quem tinha trintas eram cotas. Não me sinto cota. Ainda me sento com a perna debaixo do rabo, ainda me sento no chão com "pernas à chinês", ainda desço as escadas a correr [e só não desço pelo corrimão porque uso o elevador], mas a minha pele está diferente e tenho muitos cabelos brancos [arranco-os, mas tenho]. Não me sinto com 35 anos, ainda me sinto uma miúda, a mesma que trepava às árvores, que subia e descia muros, que jogava à bola com os rapazes do prédio, que descia o Parque Eduardo VII de skate ou de carrinhos de esferas, a mesma miúda com "pêlo na venta". Ganhei rugas e cabelos brancos, perdi muito do "pêlo na venta" [ganhei maturidade]. Sou hoje o que sonhava ser quando fosse uma "cota", sou mãe, mas sinto-me uma mãe-miúda, uma mulher-miúda, tenho 35 anos e são os "pés de galinha" e os cabelos brancos que mo dizem, eu não os sinto.

9.3.09

Fartinha

de incompetentes, fartinha, mesmo... [será que esta gente não tem noção que nos tempos que correm o emprego além de uma benção é um bem essencial à vida?]

7.3.09

de volta

Perseguir os sonhos


Um dia ainda vou descobrir uma alternativa ao meu ordenado. Um dia deixo a cidade e vou para o campo. Um dia deixo o T3 num sétimo andar e mudo-me para uma casa térrea. Um dia ainda vou ter uma casa branca com risca azul. Um dia abro as portadas da janela do quarto e vejo a planície. Um dia a minha casa vai ter as portas vermelhas. Um dia cultivo os meus próprios coentros. Um dia troco tudo e mudo-me de vez.
Até esse dia chegar, continuo a sonhar com ele para que o sonho não morra.

6.3.09

já agora


a EDP tem 5.000 postos de trabalho disponíveis. Este fim de semana vou actualizar o meu curriculum e enviá-lo para a EDP, nunca se sabe.


[ahhh...como eu gostava de ter o António Mexia como patrão...]