Caixa dos fios

11.7.08

Happy

Estar numa reunião de corpo presente e com mente a divagar por outros pensamentos e preocupações nunca dá bom resultado. Não deu.
Os últimos dias foram férteis de acontecimentos tomadas de decisão e colocação em prática de algumas dessas decisões.
Não têm sido dias fáceis, novas rotinas que se instalam em detrimento de outras tão bem assimiladas. A gestão do tempo feita a contar apenas connosco e sem ajuda ou intervenção de outras pessoas, não é tarefa fácil, principalmente quando existem duas crianças pelo meio.
Não me queixo, prefiro como está, mas até entrar tudo nos eixos, adepta do controlo como sou, prevejo que ainda vou andar uns tempos aos papéis.
Tenho-me deitado demasiado tarde, a minha cabeça tem andado a mil à hora, o meu corpo começa a manifestar-se. Cansaço muito, descanso, muito pouco.
Muitas decisões, muitas coisas que não me posso esquecer, demasiadas para controlar. Sempre fui eu que tratei de quase tudo, e não é este quase que me tira o sono. Mas de repente, parece que o mundo me caiu no colo.
São as burocracias do divórcio, a matrícula do infante mais velho, a inscrição no atl, no futebol, na natação, reuniões de avaliação dos dois, contas para pagar, contas para verificar se estão pagas, o irs que tem erros, a parede da cozinha que tem de ser arranjada, troca de emails com o condomínio que tem de a arranjar, as minhas irmãs que não se entendem, consultas médicas, vacinas, amigas com quem me apetece estar... a lista parece não ter fim e eu estou cansada. Apetece-me gritar, mandar tudo à fava e fugir para sítio incerto (e sem rede de telemóvel).
Na impossibilidade de o fazer e depois de uma hora e meia de almoço desperdiçada a tratar de burocracias e a roer-me para não descer dos saltos altos e responder à letra às provocações que me eram dirigidas, afogo as minhas mágoas num Happy Meal para que esta semana, e na falta de melhor, termine com alguma coisa HAPPY.