Caixa dos fios

15.12.09

neura de espanador

Normalmente sou o que se pode chamar de gaja-organizada-arrumada. Tenho por hábito ter as minhas coisas arrumadas e a minha casa mesmo com os dois infantes se não estiver num brinco, rapidamente se põe, porque a coisa nunca ultrapassa os limites do aceitável [e o meu aceitável tem uma margem muito pequena]. Por isso também nunca tenho assim muita coisa para organizar. Bem sei que desde a mudança ainda tenho umas gavetas assim meio que desorientadas e papeladas que ultrapassaram os cinco anos obrigatórios à espera que eu esplhe aquilo tudo e me dedique à rasgadela do papel. Resumindo, salvo raras excepções nunca tenho aquelas fobias da arrumação e da limpeza por estar a atingir o caos da desarrumação, até porque tenho um cérebro um bocado gajo que me obriga a viver com tudo à mão de semear, e se à mão de semear é bom para desarrumar, melhor é ainda na hora de arrumar. Portanto, sei [sei, pronto] que esta fobia da arrumação e da limpeza, que me está a causar freniquitins desde que acordei, se deve a n-e-u-r-a. Sim, uma grandessíssima neura que se instalou. É tão grande que hoje, não fosse o facto de ter de ir trabalhar, acho que saía tudo do sítio para voltar a ser arrumado e limpo. É assim como uma espécie de terapia da compensação; e porque há coisas desarrumadas, fora do sítio e muito que limpar e não posso, compenso com a casa.
[mais logo à tardinha vai ser o bom e o bonito em casa, vai, vai...]

Podia dar-me para o chocolate. Poder podia... mas não era a mesma coisa.