foto: Olhares
Sou dona do meu nariz. Habituei-me muito cedo a fazer por mim. Não sigo directrizes. Peço conselhos e sigo-os se achar que os devo seguir, mesmo que o resultado final seja dar com os cornos numa parede. Já fui acusada muitas vezes de só fazer o que me dá na real gana, que só sigo conselhos se estes forem de acordo com o que eu pretendo, que tenho de ter sempre razão. Sim, eu sei é verdade. E, provavelmente, eu podia ser mais ponderada, podia dar mais ouvidos aos outros, mas a verdade é que até hoje, tirando um ou outro pormenor, dei-me bem ou, pelo menos nunca passei ao lado de um resultado melhor do que o obtido. Gosto de fazer as coisas à minha maneira. Não tenho pachorra para meias medidas. É o tudo ou o nada. Tudo o que quis consegui, com muito esforço, é certo, mas está cá e é meu e a mim o devo. Nunca deixei que me travassem, nem por bem e muito menos por mal. Não tenho feitio para mosca-morta. Para esperar, para pedir. Sou de convicções fortes, certas ou erradas, mas são minhas e, isso ninguém me tira. Gosto de lhe chamar personalidade. Uns têm, outros não.