Caixa dos fios

6.9.10

na praia

vi uma mãe, à volta dela pairavam não uma, não duas, não três, não quatro [até quatro é para meninos], mas cinco crianças. Não é coisa que me choque, mesmo nos dias de hoje, o que me chocou é que três eram gémeas e para rematar o choque a senhora estava grávida e pelo tamanho da barriga eu diria que eram mais gémeos. Fiquei ali uns bons minutos com ar de traumatizada a olhar para ela, num misto de horror e admiração e depois lembrei-me que eu devia estar a ter exactamente a mesma expressão que as pessoas sem filhos ou com um ou dois fazem quando olham para nós. Mas, caramba, seis com a possibilidade de serem sete, parece-me um bocadinho a mais. Começo a pensar na logística, no carro, nas cadeiras, no pôr a mesa, no dobrar das meias e cuecas, na quantidade de roupa estendida, nos banhos de enfiada, na guerra para os deitar...uma canseira, obviamente não ponho em causa que tenha muitas vantagens, mas assim de repente [e receber a notícia ao segundo filho, "olhe que são três", é de repente], parece-me uma canseira. Mas lá está, tendo em conta que as gémeas não eram as mais novas e que mais vêem a caminho, muitas vantagens deve haver em ter a casa cheia e isso eu entendo.
[Seis que podem ser sete...porra! 'Ganda mulher!]