Caixa dos fios

20.3.09

Londres - Lisboa

O meridiano de Greenwich nunca foi mais do que uma linha imaginária. Lembro-me das aulas de Geografia. Ter ali aos meus pés tão célebre linha tem o seu quê de inexplicável.

E foi assim, a última manhã passada em Londres, muita conversa enquanto cruzávamos os jardins da universidade, os músculos das pernas a acusarem a subida para ver a linha [talvez mais famosa do mundo], a descida bem mais fácil feita por entre disparos de fotografias, um hamburguer mal servido num Mc Donalds, mas sempre muita conversa e muitas histórias partilhadas.

A tarde foi de caminho para o aeroporto e como não podia sair de Londres sem mais precalços, o underground ficou parado minutos suficientes para me obrigar a fazer contas de cabeça e ponderar se conseguiria chegar a tempo ao avião. Underground a andar novamente e despeço-me do Starbucks em London Bridge com mais um cappuccino. Meia-hora de comboio e fila imensa para o Check-in, valeu-me a Easy-Jet, acelerar o dos voos iminentes e assim poupei meia fila. Seguiu-se a passagem pela segurança em que agradeci ter por hábito usar meias com bom aspecto, porque não é simpático ter de andar uns metros descalça no aeroporto, o sr. que ia à minha frente não se pôde gabar do mesmo, a batata no dedo grande do pé esquerdo já pedia uma viagem até ao lixo.
Meia hora para fazer as últimas compras e ia ficando em terra, porque quando sai do free-shop e olhei para o quadro até saltei quando vi "flight closed". Corri como há muito não corria mas lá consegui enfiar-me no avião.

Mas a viagem estava destinada a correr bem e até as malas entraram no tapete em velocidade cruzeiro.
Para melhorar ainda mais uma chegada que se previa solitária e sem ninguém à espera, lá estava uma cara amiga para me dar boleia até ao meu carro, estratégicamente estacionado perto do aeroporto.

E conduzir? Tão bem que me soube conduzir até casa. Quando fiz os primeiros km senti-me capaz de conduzir toda a noite.