(...) "Há pessoas como eu, reféns da paixão como um sopro de vida. Nem melhores nem piores do que as outras, mais conturbadas na maioria as existências de quem é assim porque calha e não por alguma espécie de escolha emocional. É assim porque algo em mim o exige, não se pensa, não se quer, mas acontece quando menos se espera e arrasa toda a lógica subsequente ao último fracasso amoroso, as lições de vida, ou mesmo ao turbilhão em que o quotidiano se pode transformar quando a conjuntura é desfavorável.
Há quem consiga domesticar o coração, sobreviver à ausência desses estímulos, direccionar os sentidos e a vontade para as mais variadas alternativas, o amor pelos filhos, o objectivo de carreira, mesmo tendo consciência da falta que a emoção mais forte nos faz. E há quem não consiga de todo, é tão simples assim.
Há quem consiga domesticar o coração, sobreviver à ausência desses estímulos, direccionar os sentidos e a vontade para as mais variadas alternativas, o amor pelos filhos, o objectivo de carreira, mesmo tendo consciência da falta que a emoção mais forte nos faz. E há quem não consiga de todo, é tão simples assim.