Pergunto-me muitas vezes se terás noção do teu tamanho. Pergunto-me se sabes a importância que tens. Pergunto-me muitas mais vezes porque raio não olhas em frente e não segues o teu caminho. Pergunto-me se cada passo que dás a olhar para trás não te irá, inevitavelmente, fazer cair. Podes cair, sabes? Podes mesmo magoar-te. Há quedas que são desnecessárias, sabes? Basta estares atento a olhar para a frente e parares de olhar para trás. "As desculpas não se pedem, evitam-se" e tenciono não desculpar, nem uma. Falhaste, falhaste onde não te podias atrever a falhar. Destrataste, pisaste, manipulaste, tudo o que pudeste, simplesmente porque não aguentaste perder. É uma fraqueza, não saber perder. Eu também não gosto de perder, mas sei quando deixar de ir a jogo. Achaste que era bluff e perdeste. Que feio, ao fim de tanto tempo achares que estava a fazer batota. Só quem tem má fé a consegue por nas atitudes dos outros. Fez-te confusão a frontalidade, a dureza das palavras, não esperavas. Deste tudo como adquirido, já não tinhas de te esforçar. Engano teu. O esforço tem de ser constante, mas isso tu nunca entenderás. Não se consegue entender os outros quando estamos ocupados a olhar para um espelho ao nível do umbigo. Lamento informar-te, mas perdeste por egoismo, por inércia, por cantares vitória antes do jogo terminar. Perdeste na altura e perdeste o pouco que te restava agora. Nem sementes deixaste para que um dia algo pudesse germinar. Perdeste e mataste tudo à tua volta, pela tua maldade, pela tua inveja, por tudo o que revelaste ser.
Eu? Eu ganhei! Eu sei como és, sei como pensas, sei como jogas, sei qual é a tua medida e a tua importância. Eu, não sendo nem parecida contigo, aprendi a topar-te. Eu topo-te, sabes? Podes continuar de ar cândido a enganar quem quiseres. A mim, nunca mais o farás. Simplesmente porque perdi toda a fé em ti.
Cheguei ao ponto em que queria, depois, destas palavras que nunca te direi, também nada mais me resta para dizer. Sequei.
Perdeste-te a ti , eu ganhei-me a mim
Game over.
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