Caixa dos fios

14.1.09

Quadro negro

Penso nos velhinhos quadros de ardósia, daqueles que agarravam o giz. Escrevíamos e apagávamos e ficava lá a marca dos escritos e apagados. Escrevíamos por cima, quando o quadro já perdera a cor negra e se parecia mais com um cinzento claro com laivos de pó branco. No final batíamos os apagadores na janela, o pó voava e o apagador lá ficava pronto para mais apagadelas. O quadro, esse, ficava em estado de se poder escrever novamente sem marcas anteriores depois de uma passagem com um pano molhado e de uns minutos de secagem.
Era tão mais fácil se alguns escritos e apagados perdessem as marcas como o quadro de ardósia na passagem de um pano molhado.