Caixa dos fios

23.1.09

orgulho de mãe

Sempre que preciso de recorrer a médicos ou fazer alguma espécie de exame, levo o T. comigo. Ele assistiu a grande parte das minhas consultas de obstetrícia durante a gravidez do A., assistiu às ecografias e viu-me tirar sangue sempre que precisei de fazer análises. De todas as vezes que fui ao dentista fiz questão de o levar comigo, viu-me mudar massas de dentes, pôr e apertar aparelhos. Até dar sangue ele já me viu fazer. Talvez pela naturalidade com que me viu encarar médicos e exames o T. nunca teve medo deles. Com a devida preparação e explicação o T. consegue sempre surpreender-me. Seja levar vacinas, a deixar-se observar ou mesmo a tirar sangue. Só me lembro de uma vez ter gritado que nem um desalmado, mas coitadinho, tinha fortes razões, ser algaliado não é pêra-doce. Hoje tive de o levar ao dentista, expliquei-lhe o que o médico ia fazer, não lhe menti e disse-lhe que podia doer um bocadinho, mas ele no alto dos seus seis anos sentou-se na cadeira, deixou que o dentista visse, nem se mexeu enquanto era anestesiado e quando chegou a altura de arrancar o dente e que eu pensei que ele me iria apertar a mão que lhe fazia festinhas, não, nem se mexeu. No final e já de gaze entre os dentes disse-me que tinha feito um bocado de impressão, mas que não tinha doído e que não era por ter arrancado o dente que tinha ficado com medo, porque gostava muito do Dr. Júlio.