Caixa dos fios

6.11.10

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Todos os inícios de mês são caóticos para mim em termos de trabalho. Esta semana não foi excepção. Se normalmente o meu nome anda sempre à baila [porque é tão mais fácil perguntar em vez de porem a caixa da mioleira a funcionar] em período de facturação a coisa toma proporções completamente estapafúrdias. Hoje não foi excepção. Os meus níveis de stress e de cansaço subiram a pique e no início da tarde tinha-se instalado uma enxaqueca na minha cabeça. Comprimido no bucho, que estes amiguinhos andam quase sempre comigo e eu a esperar que a maldita passasse. Não passou, aliás, só piorou, que isto de andar a esforçar ainda mais, a stressar ainda mais, em open space com a algazarra habitual das sextas-feiras [juro que não consigo entender onde é que aquela gente no final de uma semana tem energia para fazer tanto barulho] não podia ter um final feliz. Saí direitinha para as urgências do Hospital da Luz com a esperança que sextas-feira-hora-de-jantar a coisa estaria pacífica. Nada disso, duas horas de espera depois da triagem. Meia volta volver, direitinha aos Lusíadas. Só para a inscrição tinha 12 pessoas à minha frente. E tinha também uma enxaqueca monstra que cada vez que dava um passo sentia o cérebro a ser espremido contra o crânio, um olho com vista reduzida e uma dor lancinante na parte detrás da cabeça e duas crianças por jantar atreladas a mim. Desisti. Voltei para casa e enfiei-me debaixo de um duche com água a temperaturas dignas de escaldar galinhas e deixei-me ficar um bom bocado a sentir a água a amolecer-me a moleirinha. Melhorei, mas nem perto do meu estado normal. Veremos amanhã a ressaca com que acordo, que as ressacas de enxaqueca não costumam ser melhores do que as ditas.