Hoje consegui dar uma imagem ao que tem sido a minha vida: Um rio. Mas não é um rio qualquer, não é um rio daqueles que parte da nascente numa fiada e se transforma num rio grande e de águas calmas. O rio que é a minha vida, é um rio cheio de rápidos, tem pedragulhos enormes dos quais tenho de me desviar apesar de viajar numa casca de noz. Nas margens do rio vivem árvores enormes que de quando em quando, depois de me conseguir desviar de mais um obstáculo, um madeireiro corta e caí sobre o rio já ele cheio de correntes e remoinhos. Ali, numa tangente à minha casca de noz, provocando mais um obstáculo ou mais uma alteração nas águas que me empurra para longe da meta. Meta essa que não é mais do que chegar à foz sã e salva. Eu e a minha casca de noz.
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