Caixa dos fios

19.12.08

Nesta altura, calha a todos

e eu não fui excepção. Hoje calhou-me a mim a festa de Natal do mais velho. Gramei com aquilo tudo para ouvir o meu filho dizer duas palavras (pelo menos estava vestido).
Quando era miúda fugia a sete pés da participação nestes espectáculos infantis. Não tinha pachorra para participar e não a adquiri com a idade para assistir.
Ainda não percebi qual é o encanto de estar sentada numa cadeira feita para seres com metade do meu tamanho durante uma hora enquanto as crianças desfilam envergonhadas em collants (eu também estaria se me pusessem à frente de algumas dezenas de estranhos naqueles preparos). Alguns míudos até podem achar graça à coisa, principalmente durante os ensaios em que só lá estão eles e as educadoras, mas quando colocados à frente duma plateia a coisa muda de figura (excepto, talvez o filho duma pessoa que eu conheço) e aí chega a vergonha, o embaraço e a distracção e lá se vão os textos tão minuciosamente decorados e nem as letras das canções que sabem de cor e salteado saem em condições. Até acho graça a coros infantis, mas minimamente afinados.
O T. não é grande fã de ser colocado nestas andanças e, eu sinceramente até agradeço que o poupem à vergonha de subir a um palco com música demasiado alta e com uma educadora estridente agarrada ao microfone.
Graças a Deus que na escola do mais novo só fazem uma festa no final do ano lectivo, posso sempre alegar que já estou de férias ou que vou passar o fim de semana fora. De qualquer maneira vou seguir o conselho de uma amiga e comprar um Ipod.