23.8.09

que bem se está no campo II

Eis que de repente a casa se encheu, mais adultos, mais crianças porque as casas querem-se cheias. Muitos saltos para a piscina. O T. surprende pela forma como já nada e braçadeiras já são acessórios prescindíveis. O A. continua feliz e contente com a "sua água". A bicharada também cá continua, ou não estivéssemos no campo. "Abelas" e "môcas" lá fora são aos montes, cá dentro e mortos, pois claro, já se contam várias aranhas, dois louva-Deus, duas centopeias, um genocídio de moscas e ontem uma vespa no meu quarto [arghhhhh, ca noijo]. Mas se as nossas aventuras fossem só de bichos isto era demasiado calmo, para animar o T. resolveu deixar a chave do meu carro dentro da bagageira com o carro trancado. Pois. Telefonema para a assistência da Ford que só consegue resolver rebocando o carro para uma oficina e fazendo uma chave. Telefonema para a seguradora que vai enviar assistência, mas a assistência telefona a dizer que vai rebocar o carro mas que não se responsabiliza por danos causados com o reboque [???]. Reboque não quero, obrigada. De casa, as buscas da chave suplente mostram-se insistentes mas infrutíferas. Não páro de pensar onde poderá estar a malfadada chave, mas com tudo encaixotado e o único caixote provável não ter rasto da dita não facilita. Faço uma marcação na Carglass para amanhã e de calhau na mão tento partir o vidro lateral direito, mas nem partir um vidro do meu próprio carro podia ser uma tarefa fácil. O único ser masculino da casa com mais de 7 anos vem em meu auxílio com aquele ar de superioridade que todos os homens têm quando ajudam uma mulher. Várias tentativas depois, lá consegue. E assim se passa uma tarde animada a apanhar vidros do meu próprio carro, vidro que só não fui eu própria a partir propositadamente, porque nem isso podia ser fácil. No meio disto tudo, o T. só me vai dizendo que nunca mais se esquece da chave dentro do carro. Assim espero.