5.8.09

até que nos cruzemos outra vez

Não me vou esquecer do sorriso de cumprimento, nem do rasto de perfume que deixava nos corredores. Não me vou esquecer da fatia de bolo que fez questão de me servir, nem do toque afável no braço numa festa. Não me vou esquecer que crescemos todos de mãos dadas com ele. Não me vou esquecer do carisma que emana, do cavalheiro que sempre mostrou ser ou do ser humano que embora poderoso sempre fez por ajudar quem dele precisou.
Hoje, na despedida, chorei porque sei que faz falta. Cargos e funções podem ser substituíveis, pessoas não. Há, de facto, pessoas insubstituíveis e este homem faz parte dessas pessoas.
Faço questão de não me esquecer de todas estas pequenas coisas que fazem com que este homem seja tão grande, até que nos cruzemos outra vez, num qualquer corredor, onde trocaremos cumprimentos e sorrisos e que após a sua passagem fique o cheiro do seu perfume. Até lá, não me esquecerei, mas sentirei a sua falta.