5.12.10

Lara

Andava a dias para tratar da questão da gata, mas com tanto anjinho metido pelo meio, fui adiando, fui adiando, até que, claro, chegou o dia onde não dava para adiar mais. Mal acordei fui ver o email para ver se tinha alguma resposta aos emails que tinha enviado a quem, supostamente, tinha bichanos para dar. Havia uma que me interessava muito e até estava disponível para adopção, mas havia o porém que quem adoptasse o bichano, neste caso a bichana, tinha de se comprometer a deixar que se fizessem visitas à nova família e também posteriormente. Perdoem-me a ignorância, mas desconhecia que havia um processo complicado na adopção de gatos. Desisti daquela, se a minha casa tem um direito de admissão apertado, muito menos vou por a casa de uma amiga nesta situação. Enquanto buscava alternativas [faltavam poucas horas para outinhagataounãotinhagata] tive um rasgo e liguei para o Veterinário que [não há coincidências] tinha uma gata com 2 meses para oferecer. Lá lhe contei a história da amiga que queria muito um gato e que outra amiga tinha ficado de lhe oferecer, mas eu meti-me pelo meio porque queria ser eu a oferecer o bichano porque queria ir com os miúdos buscá-la para que vissem que os animais não vêm da loja e iadaidaiadiada, até que consegui combinar com a veterinária ir buscar a gata. Fomos, primeiro a saga de conseguir comprar a boxe de transporte, depois o medo... sim porque já agora queria oferecer um bicho com ar decente. Quando chegámos nem queríamos acreditar na doçura do animal. O A., o mariquinhas dos animais, que nem se deixa cheirar que começa a emaranhar por mim acima estava de bracinho esticado a fazer festinhas.
E cá tivemos a Lara durante algumas horas para deleite de todos e o nosso jantar foi animado pelas peripécias da gata com a árvore de Natal. A dona que vinha jantar saiu jantada e com uma gatinha linda e amorosa. O T. teve pena que ela não fosse para nós, eu também, mas olho para os meus sofás e passa-me.