Caixa dos fios

17.2.10

turnos

Primeiro foi o mais velho, andava a modos que insuportável de parvo. "Típico da idade", dizem uns, "típico dos rapazes" dizem outros, "típico de má educação", digo eu! Lavagens cerebrais acompanhadas de castigos e alguns estalos que ficaram só na vontade [que horror, eu sei, mas a má criação era mais que muita e dá-me freniquitins a cada resposta torta]. Durante esse período, nalguns dias o mais novo também se transcendia, mas ainda assim parecia um anjinho ao pé do irmão. Como sou uma mãe chatacomócaraçasperitaemchantagememocionalelavagenscerebrais a coisa passou, passou de tal maneira que de repente tenho o mais velho a "condenar" atitudes do mais novo. Mas não se julgue que a paz se instalou aqui no palácio, não, claro que não, era bom demais. Tenho uma criança que de repente se transformou em cachorro, se não estivesse tanto frio acho que o ia passear à rua. Não é que o A. para não parar de jogar nintendo, ou psp, ou ps2 ou o raio que o parta faz chichi onde estiver? Ainda hoje, quando lhe ia vestir o pijama, dei com ele sentado muito sossegado na beira da cama de nintendo a mão, ao lado uma poça de chichi. Tão bom. Relembrei rapidamente os velhos tempos de ter um cachorro em casa. Resultado, balde e esfregona, um raspanete de todo o tamanho, castigo que não toca mais em jogos enquanto tiver deslizes [sim, eu sei, os deslizes são por causa do jogo por isso se não houver jogo não há deslizes] por isso vai amargar durante o resto da semana sem aparelhómetros de jogatana. Desata numa gritaria desgraçada quando se apercebe do castigo, sim porque o raspanete só fere o ego, mais castigo que hoje não há história para ninguém por causa da gritaria e tudo enfiado na cama num abrir e fechar de olhos.
Hoje pela primeira vez não se voltou a levantar depois de os deitar, não fosse eu cumprir a ameaça de acabar com a música para adormecer.