A pedido do Infante mais velho os antigos vieram um bocadinho mais cedo do que nos habituaram. O A. esteve a montar pacientemente um carro com o T., os outros brincavam na varanda dos brinquedos enquanto a M. e eu íamos testando a máquina fotográfica na cozinha acompanhadas de martinis.
A M., o A., e os miúdos, são o que se chama de amigos da casa. Juntamos-nos de 15 em 15 dias ora na casa deles ora na minha. Obrigámo-nos a calendarizar cansados de imprevistos e de jantares cancelados. Resultou na perfeição e não é frete para ninguém. Já é rotina. A M. como até ela própria se apresenta é daquelas amigas que me conhece até os podres, todos.
Não foi mais um jantar, porque, para mim, nunca é mais um, mas este foi o meu primeiro jantar cá em casa e, teve um sabor diferente.
Os novos, apesar do Paulo ter anunciado, não vieram de touca e não apanharam nenhum choque com os fios soltos, mas a Ana trouxe um leite creme fantástico e mostrou que é muito boa companhia. O Paulo veio munido de duas garrafas de vinho e mostrou que além de muito bom conversador também sabe regar uma boa conversa. O benjamim trouxe dois carros do Noddy que se perderam e saiu com uma mota na mão.
Gostei de os conhecer como família, gostei de partilhar com eles os meus amigos.
Cada vez mais tenho vontade de agradecer pelos amigos que a vida me tem posto no caminho.
Adorei o jantar. Hoje, provavelmente tinha sido daquelas noites de tertúlia até às tantas na varanda não fossem as crianças a cair de sono.
Quero-os cá mais vezes, a todos, que eu gosto é da casa cheia de amigos.
adenda: os carros já apareceram, mas não consegui descobrir onde o A. os escondeu ontem.
