Não fico especialmente sensibilizada com a morte dele, ou melhor, não fico nem mais nem menos do que com a morte de um qualquer desconhecido que tenha perecido nas últimas 24 horas. Eu não conhecia a personagem em causa e por muito grandioso que seja o seu legado aos olhos de tantos fãs, também não era personagem que ambicionasse conhecer. O agora herói [depois de mortos aos olhos de alguns somos sempre heróis], era uma besta enquanto patrão. São conhecidas as histórias de funcionários que tinham medo de entrar no elevador com ele, porque à saída podiam não ter emprego. Promovia perseguições internas à custa da espionagem do segredo de novos projectos, tinha explosões de raiva e amedrontava os seus funcionários quando algum discordava dele, chegando mesmo ao ponto de os despedir.
Por isso, lamento, mas não me aquece nem me arrefece, todos os dias morrem pessoas, muitas e, nenhum de nós cá fica para semente. Faz-me muito mais "confusão" pensar nos anónimos que nunca vou saber a história que morreram nas mesmas 24 horas e que concerteza faziam muito mais falta para tornar este mundo melhor do que no "génio" que infernizava a vida a quem trabalhava para ele.